Maioria concorda com medidas para conter pandemia mas espera mais restrições
Apesar do forte aumento no número de casos de infeção, mais de sete em cada 10 inquiridos concorda com as medidas de contenção impostas pelo Governo. No entanto, são também mais de 70% os que antecipam que serão necessárias mais restrições.
Uma forte maioria dos portugueses (73,1%) concorda com a forma como o Governo tem gerido a resposta à pandemia, indica o barómetro da Intercampus para o Jornal de Negócios, Correio da Manhã e CMTV realizado entre os dias 7 e 14 de dezembro.
Assim, apesar do pronunciado aumento no número de novos casos nas últimas semanas - naquela que é já considerada uma nova vaga -, o Executivo conta com o apoio de quase três quartos dos portugueses. As medidas já adotadas merecem, contudo, a discordância de 23,1% dos inquiridos.
Os especialistas do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) já alertaram, no mais recente relatório das linhas vermelhas, para a necessidade de adotar novas medidas para evitar a progressão da pandemia, quer em número de casos quer na crescente pressão sobre o SNS com o aumento dos internamentos, em particular nas unidades de cuidados intensivos.
No entanto, mesmo aplaudindo as medidas já aprovadas, há também um sentimento claramente dominante de que serão necessárias mais restrições para travar a escalada da pandemia. São 71% os inquiridos que consideram que irão ser adotadas novas medidas restritivas, contra 17,1% que acreditam que as atuais restrições serão suficientes para controlar a pandemia.
Governo com apoio da maioria na vacinaçãoQuanto ao processo de reforço da vacinação com a 3.ª dose, mais de metade dos portugueses (62,2%) considera que este tem decorrido de acordo com as expectativas, enquanto 25% acha que o processo não corresponde às expectativas.
E a vacinação contra a covid-19 das crianças dos 5 aos 11 anos também é apoiado pela maioria dos inquiridos, embora com números menos expressivos (57,2%). No entanto, a percentagem dos que se opõem é relativamente idêntica aos que discordavam nas restantes questões (24,7%), sendo o aumento dos que não sabem ou não respondem - para 18,1% - o principal motivo para um valor menos elevado nas respostas positivas.
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