Testes PCR no privado custaram ao Estado quase 220 milhões
Desde o início da pandemia e até final de julho a fatura para o Estado dos testes PCR feitos pelo setor privado ascendeu a mais de 218 milhões de euros. O custo médio por teste ronda os 65 euros para os cofres públicos.
São já cerca de 218,3 milhões de euros os gastos do Estado com os testes PCR de deteção do SARS-CoV-2 realizados em laboratórios privados, noticia esta segunda-feira o jornal Público. Estes valores ainda não incluem as despesas com os testes em agosto deste ano.
Segundo o jornal, com base em dados fornecidos pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), entre março do ano passado, quando a pandemia chegou a Portugal, e o final de julho foram feitas 3,36 milhões de requisições.
"O valor facturado entre março de 2020 e julho de 2021, conforme reportado pelo Centro de Contacto e Monitorização do Serviço Nacional de Saúde, totaliza 218.286.208 euros, correspondendo a um total de 3.365.759 requisições facturadas", detalha a ACSS. Assim, assinala o jornal, o preço médio por teste ronda os 65 euros.
As análises clínicas representaram 52% da despesa do sector convencionado com o SNS em 2020, tendo sido a única área em que os encargos face ao ano anterior, "em grande parte em face do elevado número de testes ao SARS-CoV-2 realizados", refere ainda o jornal, citando o Relatório Anual do Acesso da ACSS.
A despesa do Estado com testes para deteção de infeção com o coronavírus ascendia nos primeiros sete meses deste ano a 92,6 milhões de euros, conforme avançou o Negócios. Já a despesa com vacinas contra a covid-19 era já de 191,2 milhões de euros.
Na passada sexta-feira, por seu turno, o Governo aprovou uma despesa de 11,1 milhões de euros para a aquisição de testes de antigénio para as escolas no arranque do ano letivo.
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