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UE quer reabrir fronteiras a turistas vacinados

A agência AFP avança que a União Europeia chegou esta quarta-feira a acordo para a reabertura das fronteiras a turistas vacinados contra a covid-19 num esforço para salvar o turismo no verão que se aproxima. Estados-membros poderão decidir unilateralmente quanto à abertura das fronteiras.

Pedro Catarino
19 de Maio de 2021 às 12:52

A União Europeia chegou esta quarta-feira a acordo para reabrir as fronteiras externas à chegada de turistas que tenham cumprido o processo de vacinação contra a covid-19, segundo noticia a agência noticiosa AFP com base em fontes comunitárias, informação posteriormente confirmada ao Washington Post por um porta-voz da UE. 

Não havendo ainda uma data acordada para essa reabertura, a intenção de Bruxelas passa por, mais de um ano depois do encerramento das fronteiras à generalidade dos países terceiros ao bloco comunitário, assegurar condições de retoma ao setor turístico europeu numa altura em que o verão se aproxima.

Christian Wigand, porta-voz da Comissão Europeia, explicou ao jornal norte-americano que a decisão carece ainda de aprovação formal, garantindo, porém, que a medida terá luz verde. Uma vez aprovada, poderão viajar para o espaço comunitário todos os turistas vacinados com fármacos autorizados pela UE - AstraZeneca, Pfizer/BioNTech, Moderna e Johnson&Johnson, o que, pelo menos para já, deixa de fora quem tiver completado a vacinação com vacinas produzidas na Rússia e na China.

#BREAKING EU agrees to reopen borders to fully vaccinated travellers: sources pic.twitter.com/lw6NYXF3GC

Passaporte europeu ainda sem luz verde

A UE continua aquém de um acordo quanto ao certificado verde digital. Segundo o jornal digital Politico, esta terça-feira houve um encontro entre negociadores da Comissão e do Parlamento Europeu que terminou sem um compromisso. Segue-se novo encontro já esta quinta-feira e cresce a pressão tendo em conta que o objetivo passa por chegar a acordo sobre o passaporte verde digital antes da chegada do verão.

O objetivo em cima da mesa passa por um enquadramento vinculativo, contudo o impasse entre a Comissão e os eurodeputados poderá levar a que seja aprovado um enquadramento não vinculativo e que funcione mediante uma recomendação aos Estados-membros.

Uma das questões por dirimir passa pelo grau mínimo de vacinação exigível. Há países que consideram dever bastar apenas uma dose, enquanto outros defendem que a vacinação deve estar completa para que os cidadãos europeus possam viajar sem restrições dentro da UE, uma questão que suscita divisões numa altura em que ganha força o debate sobre se será necessária uma terceira dose lá mais para o próximo inverno, e também porque nenhuma vacina é 100% eficaz na prevenção de infeções pelo novo coronavírus. 

O britânico The Telegraph escreve ainda que para sexta-feira que vem está prevista uma decisão sobre a inclusão do Reino Unido (assim como de outros países) na lista de estados considerados seguros por Bruxelas e que até ao momento integra somente sete países. Os cidadãos oriundos dos países que integrem essa lista de origens seguras em termos de situação pandémica podem viajar para os Estados-membros mesmo sem terem sido vacinados, sendo apenas exigido um teste negativo nas 72 horas prévias à chegada ao destino comunitário. 

Depois de Portugal ter sido incluído entre os destinos considerados seguros pelas autoridades britânicas, o Governo português passou a permitir a entrada de turistas britânicos no país, uma decisão também tomada pela Itália e pela Grécia e que contraria as recomendações da Comissão Europeia.

A partir do momento em que o Reino Unido seja incluído na lista de países seguros e, ou, que tenha sido decidida a luz verde à chegada de turistas vacinados, o turismo português poderá sair penalizado na medida em que os cidadãos britânicos poderão também viajar para outros destinos do sul europeu tais como Espanha ou França. 

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