Biblioteca Nacional é monumento protegido
O edifício da Biblioteca Nacional, em Lisboa, foi classificado e passou a monumento de interesse público.
O edifício da Biblioteca Nacional, em Lisboa, e os seus jardins estão agora protegidos. O conjunto foi tornado monumento de interesse público pelo Governo.
"A classificação do edifício da Biblioteca Nacional de Portugal e jardins envolventes reflecte (...) o carácter matricial do bem, o génio do respectivo criador; o seu valor estético, técnico e material intrínseco; a sua concepção arquitectónica, urbanística e paisagística; a extensão do bem e o que nela se reflecte do ponto de vista da memória colectiva", lê-se na portaria publicada no último dia do ano passado em Diário da República.
E assim, segundo esse diploma, assinado pelo secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, "são classificados como monumento de interesse público o Edifício da Biblioteca Nacional de Portugal e jardins envolventes, no Campo Grande, 83, Lisboa, freguesia do Campo Grande, concelho e distrito de Lisboa".
A Biblioteca Nacional está nas actuais instalações desde 1969, depois de ter estado instalada no Terreiro do Paço e no Convento de São Francisco da Cidade. Foi fundada em 1796 como Real Biblioteca Pública da Corte.
A arquitectura do actual edifício é da autoria de Porfírio Pardal Monteiro, projectado em 1955 -56. Mas a conclusão da obra aconteceu depois da sua morte, sob supervisão do seu sobrinho, António Pardal Monteiro.
Segundo a portaria que classifica este conjunto, "as instalações da Biblioteca Nacional revelaram-se modelares para a época e revolucionaram, com a sua escala e estilo arquitectónico, a paisagem urbana de Lisboa".
A concepção dos interiores, mobiliário e equipamentos das principais zonas públicas do edifício é de Daciano da Costa, e a coordenação das obras de arte deve-se a Raul Lino, com quem colaboraram Guilherme Camarinha,
autor da tapeçaria alusiva à Leitura Nova, Leopoldo de Almeida, autor dos baixos relevos da fachada principal, Lino António, Carlos Botelho, Jorge Barradas, Martins Correia e António Duarte.
O edifício tem conservado a sua arquitectura de origem, mesmo depois da recente ampliação que aproveitou o projecto já deixado por Pardal Monteiro.
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