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Associações agrícolas espanholas descontentes com medidas do governo

As duas principais associações sindicais de agricultura de Espanha, a Asaja e a COAG, anunciaram que não apoiam as medidas propostas pelo governo para compensar o sector agrícola devido à subida dos preços do petróleo. O Ministério da Agricultura reuniu d

29 de Outubro de 2004 às 15:18

As duas principais associações sindicais de agricultura de Espanha, a Asaja e a COAG, anunciaram que não apoiam as medidas propostas pelo governo para compensar o sector agrícola devido à subida dos preços do petróleo. O Ministério da Agricultura reuniu durante 10 horas e afirma não poder «flexibilizar mais as ajudas».

As associações consideram «insuficientes» as medidas propostas pelo governo, e adiantam que estas não contemplam todas as suas necessidades, de acordo com o jornal «Cinco Días», que avança que a ministra da Agricultura, Elena Espinosa, acredita que vai «hoje vai chegar definitivamente» a acordo.

O presidente da Asaja, a associação agrícola de jovens agricultores, Pedro Barato, considera que as medidas não contemplam todas as necessidades do sector, destacando a questão do IVA. O responsável afirma que a associação que lidera não assinou nenhum documento, mas adianta que a Asaja «não se desvinculou de nenhum acordo».

Depois das novas medidas serem analisadas, «há uma possibilidade de consenso», de acordo com o mesmo responsável.

Pedro Barato, afirma que é importante discutirem a questão do IVA e dos impostos dos hidrocarbonetos pagos pelos agricultores, coisa que não aconteceu na reunião de ontem, acrescentando que assim «não podemos dar ao governo um cheque em branco».

O secretário-geral da COAG, Miguel López, demonstrou um «profundo desacordo» com as novas propostas e desvinculou-se da proposta comum das organizações agrárias e convocou manifestações para o dia 12 de Novembro frente ao Ministério da Economia e da Fazenda.

A ministra da Agricultura acredita que vai «fechar as negociações depois do Conselho de Ministros, já que o governo não pode flexibilizar mais as ajudas» e não está disposto a fazer novas negociações, avança o mesmo jornal. «Esperamos uma resposta das organizações favorável e que a crise se solucione o antes possível», acrescentou a ministra.

Durante a reunião decidiu-se conceder 0,06 euros por litro de gasóleo consumido até três mil litros para este ano. O consumo médio por explorações é de 3,5 mil litros. O valor total desta medida ascende aos 70 milhões de euros e vai beneficiar 350 mil agricultores que estão inscritos no Regime Especial Agrário da Segurança Social.

Quanto às medidas fiscais, o governo vai destinar 30 milhões de euros para aumentar as deduções das facturas do gasóleo.

O sector agrário poderá aumentar em um ponto do IVA dedutível, até aos chegar aos 8% para o sector pecuário, e 9% para os agricultores. As organizações agrárias mostraram-se descontentes por não ter sido introduzida nenhuma redução do imposto cobrado sobre os hidrocarbonetos e por não haver redução do IVA para os agricultores, segundo noticiou o «Cinco Días».

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