Bloco propõe fundo de resgate como garantia à renegociação da dívida
Francisco Louçã apresentou hoje o programa eleitoral do Bloco de Esquerda, no qual consta a constituição de um fundo de resgate que pode ascender a três mil milhões de euros por ano e que seria financiado com recursos oriundos do capital financeiro.
Outro resgate financeiro com esta taxa de juroNa apresentação do compromisso eleitoral para as eleições de 5 de Junho, o coordenador do partido detalhou que este fundo será constituído através de três recursos: um imposto sobre as mais valias urbanísticas, um pequeno imposto marginal de uma milésima sobre as operações bolsistas (agravada no caso da compra de derivados e de produtos especulativos) e uma taxa “exemplar” de 25% sobre todas as transferências para paraísos fiscais.Este fundo de resgate serviria como “garantia à renegociação” da dívida, um processo que os bloquistas defendem que seja encetado depois de se proceder a uma auditoria. “Nenhum português pode aceitar que nos digam que na próxima década estamos condenados ao pagamento de juros exorbitantes, sempre crescentes, por uma dívida que não conhecemos”, sintetizou Louçã.O líder do Bloco de Esquerda ilustrou ainda a necessidade desta auditoria à dívida com um exemplo do dia-a-dia: “não há ninguém que vá a um restaurante e que pague a conta sem deitar um olho à factura. E nós queremos saber o que é a factura, o que está a ser pago e a quem”.Conhecida a dívida, o Bloco projecta que seja depois substituída “aquela dívida que nos foi imposta nos últimos meses por fundos financeiros, companhias de seguros e pela banca internacional e nacional a 7%, 8% e 9%, por um pagamento de juros aceitáveis, compatíveis com o crescimento da economia”. “Isso é proteger as pessoas e chama-se renegociação da dívida”, acrescentou.
Outro resgate financeiro com esta taxa de juro
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