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CIP: “Situação extraordinária exige redução extraordinária de impostos como o ISP”

À entrada para a reunião de concertação social presidida pelo primeiro-ministro, os representantes do Turismo e da Indústria pediram descidas de impostos, apoios aos setores mais afetados, em coordenação com a União Europeia.

Mariline Alves
08 de Março de 2022 às 16:57

Preocupadas com o aumento dos preços da energia, as associações patronais esperam que o Governo anuncie novas medidas de apoio às empresas no final da reunião de concertação social que agora decorre para discutir as implicações da invasão da Ucrânia.

"A enorme fatia de impostos que integram a composição dos preços dos combustíveis tem de ser amenizada", disse António Saraiva, presidente da CIP, à entrada para a reunião. "Diria que esta situação extraordinária exige a extraordinária redução dos impostos, nomeadamente do ISP", especificou, em declarações aos jornalistas, numa reivindicação partilhada com a Confederação dos Serviços (CCP).

Chamando a atenção para o aumento de custos que alguns setores estão a suportar por via do aumento do preço do gás natural, o presidente da Confederação Empresarial (CIP) sugeriu apoios setoriais para o têxtil ou a cerâmica por exemplo, uma porta que na semana passada o Governo já deixou aberta.

"Empresas que estavam com um custo energético de 100 mil euros mês arriscam-se neste momento a ter 900 mil euros de acréscimo na fatura energética. É incomportável, coloca as empresas numa situação ingerível porque é impossível repercutir estes aumentos de custos energéticos no preço".

Já Francisco Calheiros, da Confederação do Turismo (CTP), insistiu na necessidade de concretizar medidas de capitalização das empresas.

"O que estamos à espera é por um lado que o Governo nos diga o que se passa, quais os planos "B", planos "C" e se calhar estamos à espera que venham aí algumas medidas perfeitas" para uma "tempestade perfeita", afirmou o presidente da Confederação do Turismo (CTP). "Se eram urgentes no fim da pandemia com o início de uma guerra são muito mais urgentes", sustentou.

Na semana passada o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, admitiu medidas de apoio aos setores do vidro, do têxtil, e da cerâmica, entre outros por definir.

Matos Fernandes acompanha Ana Mendes Godinho (Trabalho), João Leão (Finanças) e Siza Vieira (Economia) na reunião desta terça-feira, que conta ainda com a presença do primeiro-ministro.

António Saraiva considerou que o "conjunto de medidas" devem ser articuladas com a União Europeia, nomeadamente numa perspetiva de financiamento.

Os membros do Governo e os representantes dos sindicatos não prestaram declarações à entrada da reunião.

Notícia atualizada com 17:20

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