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Comissão propõe fecho de 12 serviços de urgência em Portugal

Cidades como Fafe e Lagos perderiam as urgências, segundo uma proposta da comissão criada pelo Ministério da Saúde para estudar a reorganização da rede de urgências. Sertã e Coruche, pelo contrário, ganhariam serviços. Gabinete de Paulo Macedo assegura que estudo é apenas "mais um contributo". Decisões do Ministério são tomadas até ao final do ano.

18 de Julho de 2012 às 11:19

Segundo a proposta, a rede passaria dos 83 serviços actuais (89 previstos no despacho de 2008 mas que nem todos se concretizaram) para 73. Seria este o saldo resultante da perda de 12 serviços de urgência a que se iria contrapor a promoção de dois novos serviços (Sertã e Coruche).

Fafe, Lagos, Loulé, Macedo de Cavaleiros, Montemor-o-Novo, Montijo, Oliveira de Azeméis, Peniche, Santo Tirso, Serpa, Tomar e Valongo são as urgências que, de acordo com este relatório, deveriam deixar de prestar este serviço.

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, já fez saber que este é apenas um estudo, ou seja, “mais um contributo”, segundo esclareceu o seu gabinete ao “Público”. O estudo é datado de 10 de Fevereiro, mas só ontem foi disponibilizado na página de Internet do Ministério da Saúde.

Vila Real, Viseu e Faro promovidos a “urgência polivalente”

Segundo o documento, dos 73 serviços de urgência, 10 seriam polivalentes, ou seja, teriam o mais completo dos serviços de urgência disponibilizados em Portugal. Actualmente, há oito serviços nessas condições, entre os quais o São João, no Porto, ou o Santa Maria, em Lisboa. Nesta parte da rede de urgências, a comissão propõe que o hospital de Covões, em Coimbra, deixe de ser polivalente, contrapondo com a “promoção” de Vila Real, Viseu e Faro. O que passaria o leque de oito para 10 serviços polivalentes.

Em Lisboa ficariam em serviço três urgências polivalentes, no Porto duas e em Coimbra uma. Mas, na zona da capital e de Coimbra, isso pode mudar. “Parece-nos ainda que um eventual desenvolvimento, a médio-prazo, do serviço de urgência de Leiria, poderá ainda levar a uma redução ulterior da oferta em Coimbra e Lisboa”, indica o documento do grupo formado por 11 peritos e dois elementos do gabinete do secretário de Estado Adjunto da Saúde.

A reorganização da rede hospitalar está a ser estudada há vários meses pelo ministério liderado por Paulo Macedo. As decisões em relação às urgências serão tomadas até ao final do ano, segundo disse o gabinete de comunicação de Paulo Macedo ao “Público”. Já o “Jornal de Notícias” indica que as propostas que o ministério quiser avançar serão sempre discutidas com as administrações regionais de saúde e as unidades em causa.

Autarquias queixam-se de não terem sido ouvidas

Contudo, os municípios visados já mostraram, hoje, a sua indignação. Vários autarcas com quem a TSF falou mostraram-se indignados por não terem sido contactados para a realização do relatório.

Por exemplo, António José Correia, presidente da Câmara de Peniche (um dos municípios cujo serviço de urgência o relatório da comissão propõe encerrar), lamentou à estação de rádio não ter sido auscultado para aquele estudo e por ter conhecido os resultados através da comunicação social.

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