A diferença entre "tentativa e consumação" e entre "corrupção e coacção" de árbitros de futebol determinou sentenças diferentes para a despromoção e perda de pontos de clubes no caso Apito Final, explicou hoje o presidente da Comissão Disciplinar (CD) da Liga de futebol.

Ricardo Costa aproveitou o momento para anunciar que irá apresentar na próxima reunião plenário da CD um conjuntos de revisão dos regulamentos, que tornem mais fácil a prova de corrupção e a inclusão de novos ilícitos.

O presidente da Comissão informou que os processos e as decisões, tomadas por "unanimidade", estão plasmados em 10 acórdãos que podem ser consultados no site do organismo, num total de 33 volumes e 970 folhas.

Para chegar às decisões hoje anunciadas, a comissão trabalhou desde Dezembro de 2006, tendo sido consultados 16 processos judiciais - no âmbito do chamado Apito Dourado -, tendo ainda sido ouvidos na Liga 85 agentes desportivos, disse Ricardo Costa.

"Estamos e estaremos com a consciência tranquila", garantiu Ricardo Costa, que realçou ainda a "lealdade" demonstrada desde o primeiro momento pelo presidente da Liga, Hermínio Loureiro.

As decisões hoje anunciadas são passíveis de recurso para o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol.