CP, Metros, RAVE e Transtejo recebem menos do Orçamento
Na proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2009 os limites máximos para as transferências da Administração Central para CP, metros de Lisboa, Porto e Mondego, RAVE e Transtejo deverão totalizar 43 milhões de euros, pouco menos que os 43,47 milhões do OE do corrente ano.
Na proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2009 os limites máximos para as transferências da Administração Central para CP, metros de Lisboa, Porto e Mondego, RAVE e Transtejo deverão totalizar 43 milhões de euros, pouco menos que os 43,47 milhões do OE do corrente ano.
Segundo a proposta de OE que foi a Conselho de Ministros extraordinário no último domingo, a que o Negócios teve acesso, o Ministério das Obras Públicas vai dar também um “empurrão” às autoridades metropolitanas de transportes.
Nas transferências previstas do Ministério, ao nível do Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC), de salientar a inclusão da REFER, que irá receber 11 milhões de euros, e a saída da Empresa para o Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB), que em 2008 recebeu 5,6 milhões.
O Metro do Porto, cujo limite máximo de transferência foi de oito milhões em 2008, irá ter direito ao mesmo valor em 2009, ao passo que o Metro de Lisboa terá direito a menos um milhão de euros do que os cinco de limite imposto por Mário Lino ao longo deste ano. Os montantes, para ambos os transportadores, destinam-se “ao financiamento de infra-estruturas de longa duração” e, no caso do Porto, para a aquisição de material circulante.
Também o metropolitano do Mondego irá ter direito no próximo ano a sensivelmente o mesmo que recebeu ao longo de 2008, perto de 4,5 milhões de euros.
Já a CP, que tem previsto a aquisição de novas viaturas em 2009, vê o tecto máximo das transferências ministeriais subir para 11,6 milhões de euros no próximo ano, valor que compara com os nove milhões este ano.
A RAVE, dado o facto de 2009 se destinar essencialmente ao lançamento de concursos para a Alta Velocidade, terá acesso a um limite máximo de transferências de 9,4 milhões de euros para “estudos e projectos”, valor que compara com os 12,5 milhões de euros de “tecto” a que teve direito em 2008.
A Transtejo, responsável pelas travessias fluviais no Tejo, irá ter direito a 5,5 milhões de euros em 2009 para “financiamento de frota, ampliação e modernização de terminais”, valor que compara com os 4,5 milhões previstos para 2008.
No OE 2009, o Ministério das Obras Públicas incluiu no PIDDAC a Rede Ferroviária Nacional (REFER), que terá direito a 11 milhões de euros, dez milhões dos quais para o financiamento de infra-estruturas de longo-prazo. O restante será destinado ao financiamento do encerramento do projecto da equipa de missão do Metro Sul do Tejo.
Por seu turno a EDAB, que em 2008 teve direito a 5,6 milhões, não irá receber nada ao longo de 2009, já que o Aeroporto de Beja deverá entrar em funcionamento no primeiro semestre do próximo ano.
No Orçamento para o próximo ano o Ministério das Obras Públicas ainda aumenta os limites máximos que as Autoridades Metropolitanas de Transportes de Lisboa e Porto podem receber, que em 2009 podem chegar aos 680 mil euros agora para despesas de funcionamento, contra os 500 mil euros de 2008 destinados à instalação destas mesmas autoridades.
Já a Operadores de Transportes da Região de Lisboa (OTLIS) irá ver o limite máximo de transferência subir 100 mil euros, para 300 mil, para os projectos de bilhética sem contacto.
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