Governo quer número único para os cidadãos, mas isso viola a Constituição
A Lei Fundamental proíbe expressamente a atribuição de um número nacional único aos cidadãos, o que inviabiliza logo à partida uma das medidas propostas no Programa do Governo no âmbito da reforma do Estado e da guerra à burocracia. Proposta partiu do Chega.
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“Um modelo de número único de identificação para as pessoas e empresas, assim evitando que a mesma pessoa tenha de ter número de utente, de cartão de cidadão, de contribuinte, de Segurança Social, de eleitor, etc.”. A medida consta do Programa do Governo, que será debatido esta terça e quarta-feira no Parlamento, e surge no âmbito da reforma do Estado e da anunciada guerra à burocracia. Tem, porém, um problema: colide com um artigo da Constituição da República Portuguesa (CRP) segundo o qual “é proibida a atribuição de um número nacional único aos cidadãos”.
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