Governos não vão deixar cair grandes bancos na Europa
Os Governos europeus não se poderão dar ao luxo de deixar entrar em colapso grandes instituições financeiras do Velho Continente. As consequências económicas seriam desastrosas, defendem ex-governadores do Banco de Portugal contactados pelo Negócios.
Os Governos europeus não se poderão dar ao luxo de deixar entrar em colapso grandes instituições financeiras do Velho Continente. As consequências económicas seriam desastrosas, defendem ex-governadores do Banco de Portugal contactados pelo Negócios.
A dificuldade enfrentada pelo Fortis Bank para convencer o mercado, no final da semana passada, de que está longe da ruptura financeira, relançou os receios sobre novos colapsos, desta feita na Europa. Em particular, numa altura em que é evidente que não será fácil normalizar o mercado monetário, onde há uma paralisação dos empréstimos financeiros entre bancos, principalmente nos prazos mais longos.
"Politicamente é viável que se deixe cair um banco, tudo depende da avaliação que os Governos fizerem do efeito sistémico que causaria e da dimensão da instituição financeira", afirma Miguel Beleza, Governador do BdP entre 1992 e 94. A opinião é partilhada pelo seu antecessor, José Tavares Moreira, que acrescenta: "No caso de bancos de pequena dimensão, a intervenção política não seria vital, até poderiam deixá-los cair para servirem de exemplo".
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