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Horta Osório diz que rendimento em Portugal é “manifestamente insuficiente”

Banqueiro avisa que Portugal está “atrasado” em relação à Europa no campo da competitividade e diz que não temos de estar satisfeitos com rendimentos médios de 1.100 ou 1.200 euros quando em Espanha o rendimento é 50% superior e na Irlanda três vezes acima.

20 de Abril de 2022 às 08:58

O gestor António Horta Osório diz que Portugal está "atrasado" em relação à Europa no campo da competitividade e que o rendimento médio é "manifestamente insuficiente".

Em entrevista ao Público, o banqueiro questiona mesmo porque "estamos satisfeitos de termos um rendimento médio 1100 ou 1200 euros", quando em Espanha o rendimento "é 50% superior e na Irlanda é três vezes superior. Por que é que um irlandês há-de ganhar três vezes mais em média do que um português?"

Para o gestor este é um cenário que resulta de falta da "ambição" que existe em Portugal porque "como país temos de fazer melhor" tendo em conta que "o único sítio onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário".

Para ultrapassar a falta de ambição, deviam ser criadas "condições de investimento nos setores de ponta", defende Horta Osório sendo estas as que geram "mais exportações e mais inovação". O banqueiro diz ainda ao Público que os recursos "devem ser sobretudo alocados ao setor privado", com o Estado a ter um "papel importante de regulação e de assegurar que não há abusos nem externalidades". E depois, continua ainda Horta Osório, as "condições fiscais e de apoio aos investimentos têm se der norteadas no sentido de ver onde é que o país tem vantagens comparativas".

O banqueiro – que recusou falar na entrevista sobre o Credit Suisse – frisa que se nada for feito "continua a acontecer o que tem vindo a acontecer, ou seja, em vez de nos estarmos a aproximar da média de rendimentos da UE estamos a divergir".

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