Depois de relatório Draghi ter apontado a produtividade como um dos problemas centrais na Europa, o prémio Nobel da Economia James Robinson alinha na ideia: “Há uma consciencialização de que a União está a ficar para trás”, afirmou numa conferência organizada pela Associação Business Roundtable Portugal (BRP) nesta segunda-feira no Porto.

O economista, laureado em 2024 com o prémio em ciências económicas em memória de Alfred Nobel por trabalhos sobre as diferenças de prosperidade entre nações, entende que “isto tem a ver com a produtividade”.

Robinson explica as grandes diferenças de desenvolvimento com a natureza extrativa ou inclusiva dos regimes. E exemplifica com o contraste entre as duas Coreias. “Já tiveram níveis de desenvolvimento semelhantes. Agora a Coreia do Sul cresce e na Coreia do Norte há fome. Foram países criados artificialmente. A divisão que enfocamos aqui não é capitalismo versus comunismo. É o facto de um sistema ser extrativo, no sentido que extrai riqueza para uma elite. E o outro ser inclusivo, com distribuição para a sociedade”, afirmou.