Ministério das Finanças ordena auditoria a nova sede do Banco de Portugal
Em causa está a polémica em torno da nova sede do regulador, em Entrecampos, que poderá ter um custo superior a 200 milhões de euros e foi alvo de alertas de consultores do próprio Banco de Portugal.
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O Ministério das Finanças, liderado por Joaquim Miranda Sarmento, decidiu instaurar uma auditoria sobre o novo edifício-sede do Banco de Portugal, a realizar pela Inspeção Geral de Finanças, refere o ministério num breve comunicado enviado às redações.
"Em virtude das notícias sobre o novo edifício do Banco de Portugal, divulgadas ontem e hoje, para defesa da Instituição e em total respeito pela sua independência, o Ministério das Finanças vai pedir a realização de uma auditoria pela Inspeção Geral de Finanças", diz o comunicado.
Em causa está um contrato-promessa de compra e venda entre o Banco de Portugal e a Fidelidade para adquirir um edifício nos terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos, para as futuras instalações da instituição, pelo valor de 191,99 milhões de euros, prevendo a concretização final da transação para o final de 2027.
Na segunda-feira, o Observador noticiou que o valor da futura sede do BdP será superior aos 192 milhões de euros, referindo que o valor se refere apenas as obras estruturais, e estimou que o custo total possa subir para 235 milhões de euros.
Noticiou ainda que há alertas de consultores do BdP em relação à nova sede, incluindo sobre licenciamentos e eventual necessidade de avaliação de impacte ambiental na construção do parque de estacionamento.
Em resposta a esta notícia, o BdP disse que cumpre todas as normas e regulamentos no processo de compra da nova sede, em Lisboa, e que isso mesmo foi assegurado no contrato feito com a Fidelidade.
Além disso, a vereadora do Urbanismo da Câmara de Lisboa disse esta terça-feira que não tem conhecimento de alterações ao projeto da unidade de execução de Entrecampos devido ao contrato-promessa de compra e venda para as futuras instalações do Banco de Portugal.
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