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Novo "cheque" do PRR já chegou a Portugal. São mais 1,16 mil milhões

Este é o primeiro desembolso de verbas do Plano de Recuperação e Resiliência, depois do adiantamento de 2,2 mil milhões em agosto. Dinheiro deverá ser alocado nas reformas e investimentos acordados com Bruxelas.

Parlamento, AR, debate, Antonio Costa, primeiro ministro. Mariana Vieira da Silva, Ana Catarina Mendes
Parlamento, AR, debate, Antonio Costa, primeiro ministro. Mariana Vieira da Silva, Ana Catarina Mendes Tiago Petinga / Lusa
09 de Maio de 2022 às 15:35

A Comissão Europeia desembolsou esta segunda-feira um novo "cheque" do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no valor de 1,16 mil milhões de euros. Após o adiantamento de 2,2 mil milhões em agosto, este é o primeiro desembolso de verbas do PRR, na sequência do cumprimento dos 38 marcos e metas acordados.

O anúncio foi feito pela comissária europeia para a Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, nas comemorações organizadas pela Representação da Comissão Europeia em Portugal, por ocasião do Dia da Europa, em Évora.

A chegada da nova tranche do PRR já era esperada, depois de a ministra Mariana Vieira da Silva, que tutela a pasta dos fundos europeus, ter anunciado no Parlamento que o desembolso solicitado à Comissão Europeia deveria ser "efetivado" até ao final desta semana. 

Na segunda-feira passada, o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, tinha já assinado em Bruxelas a autorização do desembolso, validando, ponto a ponto, os marcos e metas que Portugal teve de cumprir, tendo em conta os "elementos de prova" entregues pelo então ministro do Planeamento, Nelson de Souza. 

A Comissão Europeia tinha já, a 25 de março, dado uma "avaliação preliminar" positiva ao pedido de desembolso dos 1,16 mil milhões da chamada "bazuca" europeia. Foi depois pedido um parecer ao comité económico e financeiro do Conselho Europeu, que "concordou com a avaliação preliminar positiva da Comissão e considerou que Portugal cumpriu satisfatoriamente todas as metas e marcos associados ao pedido de pagamento".

Ao todo, Portugal teve de cumprir 38 marcos e metas (de um total de 341 que terá de cumprir até 2026) para poder usufruir deste "cheque" de 1,16 mil milhões. Entre os compromissos concretizados encontram-se a criação e desenvolvimento do Banco Português de Fomento, o desenvolvimento do mercado de capitais, a promoção da capitalização de empresas não financeiras e o reforço da digitalização nas escolas.

Os 1,16 mil milhões agora pagos a Portugal serão para alocar nas reformas e investimentos acordados. Inicialmente previa-se que o valor a desembolsar fosse de 1,3 mil milhões, mas, como Portugal pediu um pré-financiamento das verbas do PRR em agosto, haverá agora lugar a um "acerto" nas novas tranches para descontar o valor adiantado.

Do total de 1,16 mil milhões, cerca de 553 mil milhões assumirão a forma de subvenções (dinheiro que não tem de ser reembolsado) e os restantes 609 milhões serão empréstimos em condições mais favoráveis.

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