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Primeiro-ministro deveria ter participação mais activa nos conselhos europeus

O secretário-geral do PS, António José Seguro, lamentou hoje em Bruxelas que o primeiro-ministro português não tenha uma "participação mais activa na preparação dos Conselhos Europeus", até como contraponto às posições impostas pela Alemanha.

Lusa 20 de Outubro de 2011 às 19:52
"Eu gostaria que o primeiro-ministro de Portugal tivesse uma participação mais activa na preparação dos conselhos europeus (...) e considero que durante esta semana o primeiro-ministro português bem poderia ter feito um périplo europeu", disse o líder do PS, à saída de um encontro com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, no terceiro e último dia de um périplo que fez por capitais europeias, designadamente Madrid, Paris e Bruxelas.

De acordo com Seguro, Passos Coelho deveria ter realizado "um conjunto de contactos com os seus parceiros europeus, os principais, para que de facto pudesse também haver um contraponto àquilo que é a visão da chanceler (alemã Angela) Merkel".

"Eu acho que existe um demasiado enfeudamento em relação àquilo que é a posição e a estratégia alemã em relação à Europa", declarou.

Tal como já o fizera hoje em Paris, António José Seguro foi particularmente crítico em relação à forma como um "directório, que é conduzido pela chanceler Merkel", tem determinado as respostas da União Europeia à crise, desrespeitando o método comunitário.

Reconhecendo "os esforços que o presidente da Comissão está a fazer" para que, por exemplo, o Conselho do próximo domingo seja um sucesso, Seguro sustentou que no entanto há uma "ausência de liderança política na UE mas isso tem muito a ver com a forma como os Estados se comportam", e designadamente a Alemanha.

"Eu considero que neste momento há uma responsabilidade muito grande da chanceler Merkel, porque de alguma forma ela determina o que se passa na UE e, dessa forma, há uma captura das principais instituições europeias", criticou.

Além das questões de actualidade europeia, Seguro disse ter conversado com Durão Barroso sobre a situação portuguesa, e escusando-se a revelar o que ouviu da parte do presidente da Comissão, indicou que teve oportunidade de lhe transmitir uma das ideias que já apresentou ao Governo, na Assembleia da República, com vista ao financiamento das pequenas e médias empresas (PME).

"Uma das minhas propostas por que me tenho batido passa precisamente por o Governo português negociar junto do Banco Europeu de Investimentos (BEI) um fundo de 5 mil milhões de euros que possa ser destinado exclusivamente a apoiar as PME em Portugal, que neste momento têm problemas com liquidez, porque têm dificuldades no acesso ao crédito, mas continuam a ter carteiras e continuam a ter negócios", disse.

Seguro encerra hoje o seu périplo europeu em Bruxelas com um jantar com a delegação do PS ao Parlamento Europeu.

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