S&P deixa cair ameaça de cortar "rating" da Islândia
Agência de notação financeira retirou a Islândia de "vigilância negativa".
A decisão da S&P é um sinal de confiança no governo islandês, que quer regressar aos mercados de capitais internacionais e quer ver a sua economia de novo nos trilhos quando o programa de ajuda do FMI terminar, no final deste ano, sublinha a Reuters.
“Retirámos o ‘rating’ da Islândia de ‘CreditWatch’ porque acreditamos que a ameaça imediata ao fosso de financiamento externo do país diminuiu”, divulgou a agência de notação financeira, citada pela mesma fonte.
Apesar de a Islândia já não estar na chamada “Watch List”, a perspectiva (“outlook”) para a sua dívida ainda é negativa – o que significa que o risco de “downgrade” é concretizável se a dívida pública do país aumentar.
Recorde-se que o “rating” da S&P à dívida pública da Islândia é igual ao de Portugal, BBB-, que fica a apenas um nível de “lixo” (o chamado nível de investimento especulativo).
A S&P disse ainda que prevê que a economia islandesa regresse ao crescimento ainda este ano.
Actualmente, a Islândia está a travar um braço-de-ferro com o Reino Unido e a Holanda relativamente a mais de cinco mil milhões de dólares perdidos por cidadãos daqueles dois países que tinham depositado as suas poupanças no banco islandês Icesave, que faliu em 2008.
Com efeito, num referendo nacional em Abril, o povo islandês rejeitou um acordo de reembolso daquele dinheiro aos dois países, dizendo que se recusava a pagar pelos excessos dos seus banqueiros. Tanto o Reino Unido como a Holanda anunciaram que lutarão para reaver o seu dinheiro.
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