Viagens dentro de Portugal saem mais caras a residentes
A atividade turística registou uma recuperação em 2021, mas está ainda abaixo de valores anteriores à pandemia. Custos de viagens para residentes aumentaram, mesmo face a 2019.
A atividade turística recuperou no ano passado, mas ainda está abaixo dos níveis de 2019, é o que indica o Relatório Estatísticas do Turismo 2021, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O ano de 2021 "ficou ainda marcado pelos efeitos dos constrangimentos decorrentes da pandemia Covid-19, sobretudo as medidas de confinamento no primeiro semestre e no final do ano, com efeitos negativos no setor do turismo", indica o documento.
Em relação às chegadas a Portugal de turistas estrangeiros, foi registado um aumento significativo de 48,4% face a 2020. Espanha manteve-se o principal mercado ao registar mais de um quarto das chegadas (30,2%), duplicando o crescimento no ano passado (57,3%).
Quanto aos alojamentos turísticos, de acordo com o INE, foram registados 16 milhões de hóspedes e 42,6 milhões de dormidas, aumentos respetivos de 36,9% e 40,7%. Já em relação a 2019, os valores de 2021 são inferiores no número de hóspedes (-45,8%) e nas dormidas (-45,2%). O mercado interno assegurou mais de metade das dormidas (52,8%), registando um acréscimo de 33,2%.
Já nos estabelecimentos de alojamento turístico, do qual fazem parte a hotelaria, alojamento local e turismo ou habitação no espaço rural, o retorno financeiro ascendeu aos 2,3 mil milhões de euros. Ainda assim, quando comparado com 2019 foi registado um decréscimo de 45,8%.
O rendimento médio por quarto disponível foi 32,6 euros em 2021, uma redução em 34,1% comparando com 2019 e o rendimento médio por quarto ocupado correspondeu a 88,2 euros, um declínio de apenas 1,1% face a 2019.
Em 2021, os residentes em Portugal realizaram 17,5 milhões de deslocações turísticas, refletindo uma variação anual de 21,6%, com as viagens em território nacional a aumentarem 20,2% e as deslocações para o estrangeiro a registarem um acréscimo de 48,8%, tendo ficado em ambos os casos abaixo dos níveis de 2019.
A despesa média por turista, em cada viagem de residentes, fixou-se em 196,6 euros, aumentando 11,6% face a 2020 e aproximando-se do valor de 2019 (-0,3%).
Nas deslocações domésticas, os residentes gastaram, em média, 170,1 euros por turista e por viagem, mais 11,8 euros que em 2020 e mais 35,2 euros face a 2019, enquanto que em deslocações para o estrangeiro o gasto médio por turista e por viagem foi 628,7 euros, refletindo um aumento de 91,9 euros, um incremento de apenas 2 euros face a 2019.
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