Europeus trabalham em média 37,2 anos. Portugueses trabalham mais dois
Portugal é o oitavo país da UE onde mais se trabalha até à reforma. Tempo médio de vida ativa aumentou para 39,3 anos em 2024. Mulheres continuam a ter carreiras médias inferiores à dos homens.

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A duração média da vida profissional dos trabalhadores europeus aumentou de 37 anos para 37,2 anos em 2024, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat. Portugal é o oitavo país onde mais se trabalha até à reforma, com a vida profissional dos trabalhadores a estender-se mais dois anos do que a média europeia. Em 2024, voltou também a subir.
Segundo os dados do Eurostat, o tempo médio de vida ativa de um jovem com 15 anos era de 39,3 anos em Portugal no ano passado. Em 2023, era de 39,1 anos, o que significa que a carreira contributiva dos trabalhadores portugueses tem vindo a aumentar sucessivamente, acompanhando a tendência dos restantes países da União Europeia (UE).
Os Países Baixos são o país com a carreira média mais longa (43,8), seguidos pela Suécia (43) e pela Dinamarca (42,5). Em comparação com o ano anterior, estes eram já os países onde a duração média da vida profissional mais elevada. Também com um tempo médio de vida ativa acima dos 40 anos, estão a Estónia, a Irlanda e a Alemanha, sendo que, na maior economia europeia, é a primeira vez que a duração média da vida profissional fica na fasquia dos 40 anos (era de 39,6 em 2023).
As maiores subidas no tempo médio de vida ativa em 2024 deram-se na Dinamarca (1,1 anos), seguida pela Croácia (0,7) e Malta (0,6). Em sentido contrário, verificou-se uma redução residual (-0,1 anos) na Itália, Chipre, Finlândia e Suécia.
Na UE a 27, a Roménia continua a ser o país com a carreira contributiva média mais curta (32,7 anos). A Itália (32,8 anos) e Croácia, Grécia e Bulgária (cada um com uma carreira média de 34,8 anos) completam o top 3 de países com menor duração média da vida profissional.
Para os homens, o tempo médio de vida ativa foi, em média, de 39,2 anos na UE. Já nas mulheres foi de 35 anos. A diferença é explicada pelo facto de as mulheres terem tendencialmente carreiras contributivas mais curtas, por motivos de assistência os filhos, maior precariedade laboral e desigualdades em termos salariais.
Em Portugal, a carreira média dos homens aumentou de 40 anos para 40,2 anos em 2024, enquanto a das mulheres cresceu a um ritmo inferior. Passou de 38,2 em 2023 para 38,3 anos em 2024.
No caso dos homens, as maiores durações da vida ativa foram registadas nos Países Baixos (45,7 anos), Dinamarca (44,2) e Suécia (40,0 anos), enquanto as mais baixas observaram-se na Roménia (35,9), Croácia e Bulgária (cada uma com 36,0). Nas mulheres, a duração da vida ativa é superior na Estónia (42,2), seguida da Suécia (42,0) e dos Países Baixos (41,8). Já s durações mais baixas foram registadas em Itália (28,2), Roménia (29,2) e Grécia (31,1).
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