Zelensky aceita encontrar-se com Putin. Cessar-fogo de 30 dias em cima da mesa

Depois de sublinhar que um cessar-fogo a partir de segunda-feira era condição para um encontro com Putin, Zelensky acabou por aceitar um diálogo com o líder russo na quinta-feira, na Turquia.
Volodymyr Zelensky
Toms Kalnins/Epa
Inês Santinhos Gonçalves 11 de Maio de 2025 às 20:07

Foi uma resposta em duas fases. Este domingo, o Presidente russo, Vladimir Putin, propôs negociações "diretas e sem condições prévias" entre a Rússia e a Ucrânia a partir de quinta-feira, em Istambul - conversações que podiam passar por um cessar-fogo. Primeiro, Volodymyr Zelensky disse estar disponível para dialogar após um cessar-fogo esta segunda-feira, mas horas depois aceitou o convite para se reunir com Putin na quinta-feira.

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Entre uma resposta e a outra houve um apelo do Presidente dos EUA para que Zelensky aceitasse o encontro.

"Estarei à espera de Putin na Turquia na quinta-feira. Pessoalmente. Espero que desta vez os russos não andem à procura de desculpas", escreveu o líder ucraniano na rede social X.

A pressão tem crescido por parte dos EUA e da Europa para que Moscovo aceite uma trégua de 30 dias, incondicional. No sábado, os líderes do Reino Unido, França, Alemanha e Polónia - com o apoio dos EUA - exigiram um cessar-fogo na Ucrânia a partir de 12 de maio, ameaçando Putin com "enormes" sanções caso não cumpra.

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No domingo de manhã o Presidente ucraniano disse e esperar que a Rússia se comprometa com um cessar-fogo de 30 dias a partir de segunda-feira e frisou que Kiev "está pronta" para conversações diretas com Moscovo, tal como proposto pelo líder russo.

"Não faz sentido continuar a matança, mesmo que seja por apenas um dia. Esperamos que a Rússia confirme um cessar-fogo completo, duradouro e fiável a partir de amanhã [segunda-feira], 12 de maio, e a Ucrânia estará pronta para reunir", afirmou Volodymyr Zelensky nas redes sociais.

O Presidente ucraniano disse ainda ver como um "sinal positivo" que a Rússia comece a considerar o fim da guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

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"O mundo inteiro está à espera disto há muito tempo. E o primeiro passo para acabar verdadeiramente com uma guerra é um cessar-fogo", acrescentou.

*Com Lusa

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