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Desemprego no Reino Unido mantém-se em mínimos de 40 anos

A taxa de desemprego manteve-se no valor mínimo dos últimos 40 anos, no quarto trimestre de 2019, apesar da incerteza política que se esbateu no país devido ao Brexit.

Brexit, Reino Unido
Brexit, Reino Unido Reuters
18 de Fevereiro de 2020 às 11:53

A taxa de desemprego no Reino Unido manteve-se inalterada nos 3,8% no quarto trimestre do ano passado, face ao trimestre anterior, o que representa o valor mínimo das últimas quatro décadas, anunciou o instituto de estatísticas do país, nesta terça-feira, dia 18 de fevereiro.

Entre outubro e dezembro, a economia do Reino Unido foi capaz de criar mais 180 mil empregos, acima dos 145 mil esperados pela Reuters, apesar da incerteza que o país vivia devido ao Brexit. 

"O grande aumento de postos de trabalho e uma taxa de desemprego abaixo dos 4% é um forte argumento contra os possíveis cortes das taxas de juro do Banco de Inglaterra, principalmente com um 'empurrão' fiscal a caminho", disse Dan Hanson, economista da Bloomberg.

Brexit, Reino Unido
Desemprego no Reino Unido mantém-se em mínimos de 40 anos

(Gráfico retirado do 'Office for National Statístics')

Esta subida do número de postos de trabalho coincidiu com o período decisivo para o divórcio do Reino Unido com a União Europeia, com as eleições antecipadas marcadas para 12 de dezembro a darem a vitória com maioria na Câmara dos Comuns ao primeiro-ministro atual Boris Johnson.

A sua vitória com a maioria dos lugares no parlamento trouxe alguma acalmia aos mercados e também à economia do país, que contrariou uma possível contração em dezembro e cresceu mais do que o previsto. Agora, Johnson está a preparar o lançamento de um largo pacote de estímulos orçamentais no próximo mês. 

Depois da divulgação dos dados relativos ao emprego, a libra esterlina avançou 0,23% para os 1,3036 dólares. 

No entanto, apesar do aumento do emprego e da taxa de desemprego em níveis mínimos, o crescimento dos salários abrandou para 2,9% nos últimos três meses do ano passado, face aos 3,7% registados no período homólogo, o que representa a maior travagem desde o verão de 2018.

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