pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Primeiro-ministro holandês demite-se após colapso da coligação

Dick Schoof deverá manter-se à frente de um Governo de gestão até à eleição de nova liderança.

Lusa/EPA
03 de Junho de 2025 às 15:27

Horas depois de Geert Wilders, líder da extrema-direita holandesa, ter abandonado a coligação no Governo, o primeiro-ministro dos Países Baixos anunciou a sua demissão. Dick Schoof deverá manter-se à frente de um Governo de gestão até à tomada de posse de um novo Executivo.

Os ministros do Partido para a Liberdade (PVV, em holandês), de Wilders, não vão fazer parte deste Governo de gestão, mas o resto da equipa mantém-se.

Aguarda-se agora a convocação de eleições antecipadas, que não deverão acontecer antes de outubro, de acordo com a Reuters - antes da crise política, o país só ia a votos em 2027. A este calendário deve somar-se o tempo necessário, possivelmente meses, para formar um novo Governo no fraturado "puzzle" político holandês.

No centro do conflito que levou à saída de Wilders estava uma proposta para travar a imigração, que os parceiros de coligação recusaram.

"Não houve assinatura nos nossos planos de asilo. O PVV deixa a coligação", escreveu na rede social X.

Wilders já tinha ameaçado deixar a coligação durante o fim de semana, depois de ter visto chumbado o seu plano para suspender o programa de asilo do país - o plano incluía encerrar as portas dos Países Baixos aos requentes de asilo, repatriar os sírios que já obtiveram esses estatuto e suspender, temporariamente, a reunião familiar. Novas negociações aconteceram na segunda-feira, mas falharam.

A coligação assumiu o poder em julho do ano passado mas demonstrou sempre dificuldade em chegar a acordos. A queda do Governo irá provavelmente adiar a aprovação de um aumento dos gastos dom Defesa, necessário para cumprir as metas da NATO.

O partido de Wilders ganhou as últimas eleições, mas tem vindo, desde então, a perder apoio, pelo menos a julgar pelas sondagens. Os inquéritos mais recentes, citados pela Reuters, dão cerca de 20% dos votos ao PVV.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio