Depois do Canadá ter abandonado sexta-feira as negociações com a União Europeia, os esforços para que o acordo seja concretizado continuam.

E, de acordo com a Bloomberg, a União Europeia prepara uma declaração conjunta para que possam ser ultrapassadas as objecções por parte da província belga da Valónia e que impedem a assinatura do acordo que devia acontecer esta quinta-feira.

A Comissão vai esta segunda-feira encontrar-se para nova ronda de negociações com o Governo belga e com a região da Valónia. Qualquer alteração no acordo terá, no entanto, de ser aprovada pelos 28 países do bloco europeu.

A Valónia, que representa menos de 1% da população da União, bloqueou o acordo, devido a preocupações com o impacto que poderá ter no aumento da importação de produtos de suíno e bovino e também em relação ao mecanismo de resolução de conflitos entre as partes dos dois continentes, que podem ser usadas pelas multinacionais em seu benefício.

Ainda este fim-de-semana o presidente do Parlamento europeu, Martin Schulz, reuniu-se com o governo da Valónia numa tentativa de desbloquear o impasse. 

À saída do encontro, segundo o Guardian, Schulz, o presidente do Parlamento Europeu que não está directamente envolvido nas negociações, declarou que no seu entender "não há qualquer problema que não possa ser resolvido", mas admitiu que "os problemas em cima da mesa são problemas europeus".

A Comissão vai esta segunda-feira encontrar-se para nova ronda de negociações com o Governo belga e com a região da Valónia. Qualquer alteração no acordo terá, no entanto, de ser aprovada pelos 28 países do bloco europeu.

A Valónia, que representa menos de 1% da população da União, bloqueou o acordo, devido a preocupações com o impacto que poderá ter no aumento da importação de produtos de suíno e bovino e também em relação ao mecanismo de resolução de conflitos entre as partes dos dois continentes, que podem ser usadas pelas multinacionais em seu benefício.

Ainda este fim-de-semana o presidente do Parlamento europeu, Martin Schulz, reuniu-se com o governo da Valónia numa tentativa de desbloquear o impasse. 

No mesmo sentido foram as declarações de Cecelia Malmstrom, comissária europeia com a pasta das transacções comerciais, que admitiu que as negociações com o Canadá estavam concluídas, mas permaneciam pendentes assuntos que são da responsabilidade do executivo europeu. "Continuamos a ter pequenas dificuldades entre os europeus", declarou, citada pelo Guardian, não especificando.

Também a ministra do Comércio canadiana, Chrystia Freeland, atirou a bola para a Europa. "Fizemos o nosso trabalho, está na altura da União Europeia terminar o seu". Na sexta-feira a sua desilusão era óbvia: 

"O Canadá está desapontado. E eu pessoalmente estou muito desapontada. Trabalhei muito, muito duramente. Decidimos ir para casa. Estou verdadeiramente muito, muito triste". E acrescentou: "Parece óbvio que a União Europeia não é capaz de ter um acordo internacional, até com um país que partilha os valores europeus como o Canadá, até com um país que é tão amável e paciente".

O primeiro-ministro canadiano deveria voar para Bruxelas a 27 de Outubro para assinar o tratado. 

O primeiro-ministro canadiano deveria voar para Bruxelas a 27 de Outubro para assinar o tratado. 

De acordo com a Reuters, o acordo prevê aumentar as trocas comerciais entre os parceiros em 20%, dando ganhos anuais de 12 mil milhões de euros às economias do bloco europeu e de 8,26 mil milhões à canadiana.