"É muito pouco provável" que EUA renovem licença para Kremlin pagar dívida em dólares, avisa Yellen

A secretária do Tesouro dos EUA avisou que é muito pouco provável que os EUA renovem a exceção a 25 de maio. O Kremlin já avisou que se tal acontecer, passa a pagar os cupões da dívida em rublos.
Andrew Harrer/Bloomberg
Fábio Carvalho da Silva 18 de Maio de 2022 às 17:41

É muito pouco provável que os EUA renovem a licença que permite que o Kremlin aceda excecionalmente às reservas estrangeiras denominadas em dólares para pagar os cupões relativos à emissão de dívida russa.

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As sanções impostas contra o Kremlin e que impedem a que este aceda às reservas denominadas em dólares nos EUA contêm uma exceção: Moscovo pode aceder a estes cofres apenas e só no caso de tal servir para pagar cupões relativos à emissão de dívida.

Esta exceção caduca no próximo dia 25 de maio e segundo a administração Biden, tudo indica que não será renovada.

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"A expectativa era que esta regra [vigorasse de forma] limitada", recordou Yellen. Na semana passada, a secretária do Tesouro já tinha afirmado no Congresso dos EUA que o Tesouro estava "a examinar ativamente" se iria ou não prorrogar esta exceção.

Do lado russo, o ministro das Finanças de Putin, Anton Siluanov, já declarou que a 

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em 25 de maio e não tenciona declarar qualquer suspensão de pagamentos.

Até agora, o Kremlin conseguiu evitar um incumprimento de pagamentos depois de em finais de abril ter conseguido pagar à última da hora os juros de dois Eurobonds com vencimento em 2022 e 2024 no valor de 649,2 milhões de dólares, depois de ter recorrido às suas reservas em dólares.

A 1 de fevereiro, a dívida pública externa da Rússia totalizava 59.500 milhões de dólares, incluindo 38.970 milhões de dólares em empréstimos obrigacionistas externos.

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No total, a Rússia tem, atualmente, 15 empréstimos obrigacionistas a decorrer com vencimentos entre 2022 e 2047.

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