Governo italiano prepara-se para alterar meta de défice
O vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, mostrou-se aberto, numa entrevista, a repensar o valor do défice que será inscrito no orçamento para o próximo ano, depois da recusa formal de Bruxelas. Paralelamente, uma fonte oficial garantiu à Bloomberg que Salvini se reunirá com o primeiro-ministro Giuseppe Conte, o ministro das Finanças Giovanni Tria e o vice-primeiro-ministro Luigi Di Maio para discutir o Orçamento esta segunda-feira, com vista a rever a meta do défice.
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Numa entrevista à publicação AdnKronos, que questionou se o défice de 2,4% que Itália propôs a Bruxelas está "cravado na pedra", Matteo Salvini respondeu: "Penso que ninguém está focado nisso. Se há um orçamento que faz o país crescer, o número podia ser 2,2% ou 2,6%".
Para o vice primeiro-ministro, a questão agora é ser "sério e concreto". Antes de Salvini, já um dos seus conselheiros económicos, Armando Siri, fez declarações ao jornal Il Messaggero que "uns ajustamentos" ao Orçamento podem ser considerados de forma a evitar a turbulência nos mercados de capitais. Contudo, assinalou que só algumas das medidas são passíveis de alteração, pois os eleitores contam que as promessas feitas em campanha eleitoral sejam cumpridas.
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Na mesma entrevista ao AdnKronos, Salvini sublinhou mesmo que pretende concretizar uma das suas propostas de campanha já no próximo mês de Fevereiro. Por essa altura, o líder italiano espera baixar a idade da reforma.
A tomada de posição do líder italiano sucede-se à rejeição da proposta Orçamental que foi formalizada por Bruxelas na última quarta-feira, dia 21 de Novembro. Com a decisão tomada pelo colégio de comissários, foi dado o primeiro passo com vista à abertura formal de um procedimento por défices excessivos contra Itália.
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(Notícia actualizada às 08:33 com informação sobre a reunião dos líderes italianos)
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