Acordo do Brexit deverá ser adiado cerca de um mês
O acordo para o divórcio entre a União Europeia e o Reino Unido parece estar agora mais longe, a uma distância de mais um mês. Fontes próximas do processo apontam para meados de Novembro como a altura mais provável para o final das negociações. Londres admite essa possibilidade.
O "divórcio" entre o Reino Unido e a União Europeia devia ter os termos definidos este Outubro. Contudo, o acordo final ainda não está pronto, pelo que está em cima da mesa um adiamento do prazo estabelecido até Novembro, avançam fontes próximas do processo à Bloomberg. Dominic Raab, secretário britânico encarregue da pasta da saída, confirma esta possibilidade.
"Há alguma margem" temporal para fechar o acordo apesar de o objectivo ser Outubro, afirmou Raab aos jornalistas. Até agora, o prazo estava marcado para dia 18 de Outubro, a data do Conselho Europeu. Neste cenário, restam apenas sete semanas para ultimar as conversações e definir os termos, o que fontes oficiais de ambas as partes consideram improvável de se concretizar.
O adiamento do fecho das negociações implica uma nova convocatória dos líderes europeus para Novembro. Até lá, existem dois encontros na agenda: o do dia 18 de Outubro e, ainda antes, em Setembro, uma reunião em Salzburgo, na Áustria, na qual já se esperava que fosse discutido o Brexit.
A urgência do acordo é enfatizada por outra data marcante: o dia previsto para o Reino Unido abandonar a UE, 29 de Março de 2019. Recentemente, a primeira-ministra britânica afirmou ainda acreditar num "bom acordo", mas avançou estar a tomar todas as precauções para enfrentar o cenário oposto, o qual acredita que "não seria o fim do mundo". Apesar das palavras suavizantes de May, já se estimam consequências na ordem das centenas de milhares de euros para os vários bancos centrais de todo o mundo. Estes podem vender mais de 100 mil milhões de libras (109,95 mil milhões de euros) caso o Reino Unido abandone a União Europeia sem um acordo comercial, optando pelo apelidado "hard Brexit". A conclusão consta de um estudo do Bank of America Merrill Lynch desta terça-feira, dia 28 de Agosto, citado pela Reuters.
Apesar das palavras suavizantes de May, já se estimam consequências na ordem das centenas de milhares de euros para os vários bancos centrais de todo o mundo. Estes podem vender mais de 100 mil milhões de libras (109,95 mil milhões de euros) caso o Reino Unido abandone a União Europeia sem um acordo comercial, optando pelo apelidado "hard Brexit". A conclusão consta de um estudo do Bank of America Merrill Lynch desta terça-feira, dia 28 de Agosto, citado pela Reuters.
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