As autoridades polacas neutralizaram um drone que estava a sobrevoar edifícios governamentais, incluindo o Palácio Belvedere, a residência presidencial, em Varsóvia, capital da Polónia. Dois cidadãos bielorrussos foram detidos e a "polícia encontra-se a investigar as circunstâncias do acidente", revelou o primeiro-ministro Donald Tusk nas redes sociais. 

Este episódio acontece depois de, na semana passada, as autoridades polacas terem abatido uma série de drones russos no seu território – o que levou o país a invocar o Artigo 4.º da NATO, que prevê consultas entre todos perante ameaças à segurança de um dos Estados-membros. No total, a Polónia contabilizou 19 violações do seu espaço aéreo por aparelhos aéreos não tripulados (drones) russos, vindos maioritariamente da vizinha Bielorrúsia.

Na sexta-feira, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, anunciou a criação da iniciativa militar Sentinela Oriental, criada para reforçar a defesa do flanco oriental da Europa, em resposta às incursões da Rússia em território polaco. "Em resposta a outra potencial ameaça dos drones russos, a NATO lançou a sua primeira aeronave de combate para defender o seu espaço aéreo sob a Sentinela Oriental, uma nova iniciativa para reforçar ainda mais as suas defesas aéreas com o objetivo de proteger todos os aliados", explicou o Quartel-General Supremo das Potências Aliadas, em comunicado.

Mark Rutte afirmou que o ato não representava "um incidente isolado", mas sim um crescimento da "imprudência da Rússia no ar ao longo da nossa fronteira oriental". "Vimos drones violarem o nosso espaço aéreo na Roménia, Estónia, Letónia e Lituânia. Seja intencional ou não, é perigoso", referiu ainda. A violação do espaço aéreo polaco obrigou ao encerramento temporário de quatro aeroportos: o Aeroporto Chopin de Varsóvia, o Aeroporto de Varsóvia-Modlin, o Aeroporto de Rzeszów-Jasionka e o Aeroporto de Lublin.

O mais recente incidente aconteceu pelas 19h locais (18h em Portugal continental) de segunda-feira.