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UE mais perto de usar milhões russos para pagar estragos da guerra na Ucrânia

Países continuam divididos sobre um arresto total dos ativos russos. Mas a utilização dos bens congelados em meios de investimento de maior risco (e retorno) vai estar em discussão.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia Andy Wong / AP
29 de Agosto de 2025 às 10:17

A Comissão Europeia está a trabalhar num plano para transferir perto de 200 mil milhões de euros em ativos russos "congelados", fruto das sanções impostas ao país, para meios de investimento mais arriscados (e mais remuneratórios), pretendendo usar os retornos no apoio à reconstrução da Ucrânia no final da guerra.

Segundo fontes ouvidas pelo jornal , Bruxelas está a sondar junto dos países a possibilidade de transferir os ativos russos para meios de investimentos de maior risco e que podem gerar mais retorno, gerando assim um maior capital para ajudar na recuperação da Ucrânia.

Os apoiantes deste plano veem na posição da UE mais um passo dado no sentido de, no futuro, usar mesmo os capitais russos para apoiar a Ucrânia.

"Estamos a avançar nos trabalhos dos ativos russos congelados para contribuir para a defesa e reconstrução da Ucrânia", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta quinta-feira, naquela que foi uma das declarações recentes mais taxativas sobre a utilização dos bens russos.

Este "reposicionamento" acontece na véspera de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, que reúnem-se neste sábado, em Copenhaga, na Dinamarca.

No entanto, continua a haver discórdia sobre o que a UE deve fazer com os ativos russos. Alguns países, sobretudo do leste europeu, são a favor de uma "confiscação" total dos bens russos, mas essa posição tem sido rejeitada por outros países, que temem problemas legais com essa ação.

No entanto, o fim do empréstimo de 18 mil milhões de euros à Ucrânia, que deverá terminar no final do ano, deverá criar uma nova pressão sobre a UE para arranjar mais fundos para apoiar a defesa ucraniana.

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