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UE volta a pedir "clareza" a Londres no arranque da quarta ronda de negociações

O negociador europeu do Brexit diz que o Reino Unido tem de esclarecer as concessões que Theresa May parece ter oferecido no discurso que realizou em Itália, na semana passada.

David Davis Michel Barnier Brexit
David Davis Michel Barnier Brexit Reuters
25 de Setembro de 2017 às 18:14

A quarta ronda de negociações entre o Reino Unido e Bruxelas arrancou esta segunda-feira, 25 de Setembro, com o mesmo aviso que tem sido repetido nas últimas semanas pelos parceiros europeus: Londres precisa de "clarificar" a sua posição no processo de divórcio da UE.

 

Michel Barnier, principal negociador da saída dos britânicos do bloco regional, avisou esta segunda-feira, 25 de Setembro, que a União Europeia não vai começar a debater um acordo comercial com o Reino Unido sem que o governo de Londres esclareça definitivamente a sua posição e as concessões que Theresa May parece ter oferecido no discurso realizado na semana passada em Florença.  

 

"Este deve ser um momento de clareza", afirmou Barnier, em declarações aos jornalistas, à margem da reunião com David Davis, ministro britânico encarregue das negociações do Brexit.

 

"O que é importante agora é que o governo britânico traduza o discurso numa posição negocial clara", acrescentou o responsável, referindo-se aos comentários feitos por May em Itália.

 

Segundo a Bloomberg, antes do encontro com Davis, em Bruxelas, Barnier esteve reunido com um grupo de ministros que concordaram sobre a necessidade de o Executivo britânico dar mais detalhes sobre as suas propostas, antes de as negociações avançarem para o próximo nível.

 

O discurso de May "foi um pequeno passo na direcção certa", afirmou o ministro dinamarquês dos Negócios Estrangeiros, Anders Samuelsen, após a reunião com Barnier.

 

Apesar dos avisos deixados pelo negociador da UE, a quarta ronda negocial arrancou com a expectativa de que seja possível quebrar o impasse em torno de pontos sensíveis, como os compromissos financeiros e os direitos dos cidadãos da UE, que precisam de ser acordados, antes de se avançar para negociações sobre a futura relação entre o Reino Unido e o bloco regional.

 

Isto depois de, na sexta-feira, a primeira-ministra britânica ter sinalizado que o Reino Unido vai cumprir os seus compromissos financeiros e respeitar as regras e regulamentos da UE durante um período de transição até dois anos.

 

"Não quero que os nossos parceiros temam ter de pagar mais e receber menos durante o período que falta do actual plano orçamental, em resultado da nossa decisão de sair", sustentou Theresa May. "O Reino Unido vai honrar os compromissos que assumimos durante o período em que fomos membros", rematou. 

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