Dívida pública registou em Setembro a maior queda do ano
A dívida pública situou-se em 249,1 mil milhões de euros no mês de Setembro, o que representa uma queda de 1.247 milhões de euros face a Agosto.
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De acordo com os dados do Banco de Portugal, a descida de Setembro face ao mês anterior foi a maior desde Novembro do ano passado, mês em que recuou 1.324 milhões de euros.
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Foi também a primeira queda mensal desde Maio, colocando fim a uma série de agravamentos que levou o endividamento a atingir um máximo de sempre acima dos 250 mil milhões de euros. Comparando com Setembro do ano passado, o endividamento aumentou 4.786 milhões de euros.
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O Banco de Portugal justifica a descida da dívida pública com "amortizações líquidas de títulos de 1,4 mil milhões de euros".
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Quanto à dívida pública líquida de depósitos das administrações públicas, registou um decréscimo de 1,2 mil milhões de euros em relação ao mês anterior, totalizando 221,6 mil milhões de euros.
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Apesar de os dados serem referentes ao final do terceiro trimestre, o Banco de Portugal não revela ainda o peso da dívida na economia, uma vez que não é ainda conhecido o valor do PIB no terceiro trimestre.
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Os dados referentes ao segundo trimestre mostram que o endividamento correspondia a 132,1% do PIB. Dado que em Junho a dívida situava-se em níveis semelhantes aos de Setembro, nos 249,03 mil milhões de euros, é expectável que o rácio da dívida sobre o PIB tenha diminuído no terceiro trimestre.
Para Outubro está projectada uma queda mais acentuada na dívida pública, devido aos reembolsos efectuados ao FMI e reembolsos de obrigações de elevado montante.
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Houve uma amortização de seis mil milhões de euros a 16 de Outubro. Segundo o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, o pagamento dessa Obrigação do Tesouro (lançada em 2007) fará com que a dívida dê "um trambolhão". A afirmação foi feita numa entrevista ao Eco, em que o governante abriu a porta a outros pagamentos antecipados ao FMI no valor de mil milhões de euros.
Esses sete mil milhões representam mais de 3,5% do PIB previsto para a totalidade do ano, devendo ser um importante empurrão para a queda do endividamento público. "Estamos a conseguir reduzir o défice e vamos começar a reduzir a dívida a partir de Outubro", prometeu António Costa em meados de Setembro.
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