Centeno revê em baixa investimento público para este ano
Mário Centeno espera hoje investir cerca de menos 300 milhões de euros em 2017 do que antecipava há apenas seis meses. A explicação estará num 2016 que, neste capítulo, desiludiu ainda mais do que se previa.
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Confuso? Comecemos pelo princípio. O ano passado foi terrível para o investimento público. O pior pelo menos nos últimos 20 anos. Pelos vistos, foi até pior do que o Governo achava que iria ser em Outubro, momento em que publicou as suas últimas previsões. Nessa altura, apenas a três meses do final do ano, as Finanças esperavam que fossem investidos 1,9% do PIB, cerca de 3,5 mil milhões de euros. Na realidade, o investimento público ficou-se pelos 1,5%, cerca de 2,8 mil milhões.
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Ou seja, um ano que já se achava que seria muito mau foi ainda pior. Partir de uma base tão baixa torna mais difícil a recuperação em 2017. Daí que o Governo espere agora investir 2% do PIB em vez dos 2,2% que estavam orçamentados. Uma diferença de perto de mais de 300 milhões de euros.
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Na realidade, isso significa que o investimento terá de crescer mais este ano do que se esperava. Em vez de passar de 1,9% do PIB para 2,2%, passará de 1,5% para 2%. Mas mesmo esta aceleração é insuficiente para compensar totalmente a perda de terreno do ano anterior.
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Recorde-se que o investimento tem sido um dos temas mais quentes do debate político em torno da consolidação orçamental, com a oposição a acusar o Governo de cortar de forma drástica nessa rubrica para conseguir atingir as metas orçamentais. O Executivo defende-se, argumentando que a queda do investimento em 2016 se deveu essencialmente a atrasos nos fundos comunitários.
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O Governo tentará compensar nos anos posteriores, mantendo o investimento público em 2,1% do PIB todos os anos até 2021. Um compromisso mais ambicioso do que no anterior Programa de Estabilidade.
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