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Centeno só libertou 11% das cativações no primeiro semestre

Entre janeiro e junho, o ministro das Finanças apenas libertou 71 milhões de euros das cativações iniciais do Orçamento do Estado para 2019.

Mário Centeno, Centeno,
Mário Centeno, Centeno, Reuters
27 de Agosto de 2019 às 18:31

No final do primeiro semestre, o ministro das Finanças, Mário Centeno, só tinha descativado 71 milhões de euros dos 653 milhões de euros de cativações que definiu para as despesas da Administração Central e Segurança Social. Os dados foram publicados esta terça-feira, 27 de agosto, pela Direção-Geral do Orçamento (DGO) na execução orçamental até julho.

Segundo a DGO, os cativos previstos no Orçamento do Estado para 2019 relativos à Administração Central e Segurança Social eram de 653 milhões de euros. No final de junho, mantinham-se cativos 582,1 milhões de euros, ou seja, apenas foram libertados 71 milhões de euros - cuja decisão passa por Centeno -, o que equivale a 11% do valor total de cativações fixadas para este ano. Os cativos atuais representam 0,7% da despesa total da Administração Central e Segurança Social.

Ainda assim, o ritmo de libertação de cativos até aumentou ligeiramente no segundo trimestre, dado que no primeiro trimestre tinham sido libertados apenas 31,4 milhões de euros, o equivalente a 4,7% do total de cativações. Além disso, há um ano havia ainda mais cativações por libertar em termos de montante: 922 milhões de euros.

No boletim, a DGO explica que dos atuais cativos "cerca de dois terços incidem essencialmente sobre despesas financiadas por receitas próprias, as quais dependem da respetiva arrecadação para se poderem concretizar, o que altera a natureza destes cativos". Ou seja, a maior parte dos cativos tem a sua libertação condicionada pela entrada de receita.

Contudo, é de ressalvar que estes dados não contam ainda com os cativos acrescentados através do decreto-lei de execução orçamental, que este ano se atrasou mais do que o habitual. Essas cativações adicionais só entraram em vigor a 29 de junho, mas também não é conhecido o seu valor.

Para o Governo, "a aplicação de cativos procura essencialmente controlar a dinâmica de crescimento da despesa, e não a sua redução, o que é visível no crescimento de 1,5% da despesa até junho das Administrações Públicas". Os orçamentos do Serviço Nacional de Saúde, Escolas e Instituições de Ensino Superior estão isentos de cativações.

A DGO revela também que em junho "estavam ainda inscritos 230 milhões de euros na 'reserva orçamental' distribuída pelos Programas Orçamentais para fazer face a eventuais necessidades de cada programa". A reserva orçamental inicial era de 420 milhões de euros.

No total, o valor inicial das cativações mais a reserva orçamental era de 1.073 milhões de euros em 2019, o que compara com 1.086 milhões de euros em 2018. As cativações, mais o que resta da reserva, estavam nos 812 milhões de euros no final do primeiro semestre deste ano, o que compara com 963 milhões de euros no mesmo período do ano passado.

A publicação da informação sobre as cativações durante o ano corrente resulta de uma exigência da Assembleia da República, depois de em 2017 o Governo ter recorrido a um recorde de cativações para controlar a execução orçamental.

Ainda assim, o ritmo de libertação de cativos até aumentou ligeiramente no segundo trimestre, dado que no primeiro trimestre tinham sido libertados apenas 31,4 milhões de euros, o equivalente a 4,7% do total de cativações. Além disso, há um ano havia ainda mais cativações por libertar em termos de montante: 922 milhões de euros.

No boletim, a DGO explica que dos atuais cativos "cerca de dois terços incidem essencialmente sobre despesas financiadas por receitas próprias, as quais dependem da respetiva arrecadação para se poderem concretizar, o que altera a natureza destes cativos". Ou seja, a maior parte dos cativos tem a sua libertação condicionada pela entrada de receita.

Contudo, é de ressalvar que estes dados não contam ainda com os cativos acrescentados através do decreto-lei de execução orçamental, que este ano se atrasou mais do que o habitual. Essas cativações adicionais só entraram em vigor a 29 de junho, mas também não é conhecido o seu valor.

Para o Governo, "a aplicação de cativos procura essencialmente controlar a dinâmica de crescimento da despesa, e não a sua redução, o que é visível no crescimento de 1,5% da despesa até junho das Administrações Públicas". Os orçamentos do Serviço Nacional de Saúde, Escolas e Instituições de Ensino Superior estão isentos de cativações.

A DGO revela também que em junho "estavam ainda inscritos 230 milhões de euros na 'reserva orçamental' distribuída pelos Programas Orçamentais para fazer face a eventuais necessidades de cada programa". A reserva orçamental inicial era de 420 milhões de euros.

No total, o valor inicial das cativações mais a reserva orçamental era de 1.073 milhões de euros em 2019, o que compara com 1.086 milhões de euros em 2018. As cativações, mais o que resta da reserva, estavam nos 812 milhões de euros no final do primeiro semestre deste ano, o que compara com 963 milhões de euros no mesmo período do ano passado.

A publicação da informação sobre as cativações durante o ano corrente resulta de uma exigência da Assembleia da República, depois de em 2017 o Governo ter recorrido a um recorde de cativações para controlar a execução orçamental.

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