Famílias reforçam investimento em habitação e mantêm poupança no 3.º trimestre
Dados do INE mostram que as famílias estão a desviar os ganhos nos rendimentos para mais consumo, mas também para mais investimento em habitação. Famílias mantiveram taxa de poupança nos 12,5% no ano acabado no terceiro trimestre.
A taxa de poupança das famílias manteve-se nos 12,5% do seu rendimento disponível no ano terminado no terceiro trimestre, um nível semelhante ao registado ao período anterior, divulgou nesta terça-feira, 23 de dezembro, o INE. Ao mesmo tempo, as famílias reforçaram os seus níveis de investimento em habitação.
Segundo as contas nacionais por setor institucional divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o rendimento disponível bruto das famílias aumentou 1,6% no ano acabado no terceiro trimestre, com as remunerações a valerem 1,2 pontos percentuais desse aumento (75% do total) e o excedente bruto de exploração (produto de rendimentos que não do trabalho) a representarem os restantes 0,4 pontos.
Com esse ritmo de crescimento do rendimento, conjugado com uma ligeira aceleração da despesa de consumo, que subiu 1,6% (ligeiramente acima dos 1,4% do período anterior), o INE diz que é isso que explica a manutenção da taxa de poupança nos 12,5% no ano terminado no terceiro trimestre.
Por outro lado, a capacidade de financiamento das famílias diminuiu para 4,2% do PIB, com o investimento em habitação das famílias a subir 4,4% no ano terminado no terceiro trimestre, numa ligeira aceleração do investimento face ao período anterior (4,3%).
Contas feitas, a taxa de investimento das famílias, o rácio entre a formação bruta de capital fixo e o rendimento disponível, atingiu 6,1%, mais 0,1 pontos percentuais do que no trimestre precedente.
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