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Miranda Sarmento: "Mantemos total confiança na previsão de excedente"

Depois de o Banco de Portugal ter previsto um défice orçamental em 2025, o ministro das Finanças assegura que mantém a expectativa para um saldo positivo de 0,3%.

Ministro das Finanças, Miranda Sarmento, na conferência 'Banca do Futuro' em novembro de 2024
Ministro das Finanças, Miranda Sarmento, na conferência "Banca do Futuro" em novembro de 2024 Mariline Alves
16 de Dezembro de 2024 às 17:10

O Governo garante estar seguro sobre a projeção de atingir um excedente orçamental de 0,3% em 2025.

"Mantemos total confiança na nossa previsão", afirmou nesta segunda-feira o ministro das Finanças no encontro "Fora da Caixa" organizado pela Caixa Geral de Depósitos.

O responsável pela pasta das Finanças realçou também que na previsão para o crescimento económico, o Governo até é conservador, face às estimativas das principais entidades. "Para o próximo ano a nossa previsão, conservadora, é de um crescimento de 2,1%, abaixo das previsões do Banco de Portugal, Fundo Monetário Internacional e Conselho das Finanças Públicas", disse, sublinhando os riscos externos, incluindo a incerteza política na Europa, a política comercial norte-americana, a evolução da China e os conflitos na Ucrânia e no Médio Oriente.

Para atingir essas metas de crescimento, "é muito importante que o país mantenha as contas públicas equilibradas e uma trajetória de redução da dívida pública. Portugal tem de manter ligeiros excedentes orçamentais de 0,3% ou 0,4%", enfatizou, "para reduzir a dívida que ainda é elevada e para ter margem" de reação face a imprevistos.

O governante respondia assim ao governador do Banco de Portugal (BdP) que admitiu um défice de 0,1% no próximo ano. Miranda Sarmento ressalvou que o ministério "não deixará de fazer um acompanhamento diário" das contas públicas.

"Mantemos a previsão de excedente de 0,3%", assegurou, reforçando que o BdP está isolado nas estimativas negativas: "O FMI e o Conselho das Finanças Públicas mantém a previsão de 0,4%", reforçou.

O BdP estima um défice de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, seguindo-se um saldo negativo de 1% do PIB em 2026 e novo défice de 0,9% do PIB em 2027.

Miranda Sarmento não perdeu, no entanto, a oportunidade para criticar os partidos da oposição, que no processo orçamental conseguiram aprovar várias medidas que implicam despesa.

"Quando olhamos para 2024 deve preocupar-nos o comportamento do Parlamento", disse, explicando que os deputados entregaram "um conjunto de medidas que valem mil milhões de euros" e com isso "reduziu a margem de atuação".

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