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Passos e Cristas deixam guião para consenso contra sanções

Costa defende consenso alargado contra sanções de Bruxelas. PSD e CDS traçam linhas vermelhas ao texto do projecto de resolução que vai testar acordo no Parlamento.

António Costa Congresso PS
António Costa Congresso PS Miguel Baltazar
06 de Junho de 2016 às 21:00

Se o Governo quiser um consenso alargado no Parlamento contra as sanções da Comissão Europeia a Portugal terá de seguir duas regras muito claras traçadas pela oposição: Não atribuir culpas ao Executivo anterior e não hostilizar as instituições europeias. Foi este o guião feito por Passos e Cristas, depois de António Costa ter fechado o Congresso do PS a defender uma unanimidade no Parlamento contra as sanções a Portugal por violação da regra do défice excessivo em 2015.

Na Assembleia, o PS está a estudar o texto para entregar um projecto de resolução contra as eventuais sanções. Em 2015, o défice ficou em 3,2% do PIB, descontados os apoios ao sistema financeiro. O Governo anterior tinha-se comprometido com um défice inferior a 3%, o que permitia a saída do Procedimento por Défices Excessivos. Agora Bruxelas pôs em cima da mesa o cenário de sanções a Portugal, uma decisão que será tomada dentro de um mês.

Apesar de existir unanimidade em Portugal, entre os partidos da maioria e da oposição, contra a aplicação de sanções, a forma de o PS testar esse consenso alargado no Parlamento terá de ter a habilidade de não afrontar PSD e CDS.

"Não há nenhuma razão pelo passado para falar em sanções (...). A questão das eventuais sanções a Portugal é uma falsa questão", disse Pedro Passos Coelho esta segunda-feira. Para o líder do PSD esta questão "não tem nada a ver com um discurso que começa a germinar dentro da maioria que apoia este Governo, que é um discurso antieuropeu".

Também Assunção Cristas avisou que Costa não está a fazer "voz grossa em Bruxelas", que ainda nem apresentou qualquer explicação "técnica" ou "política" sobre o assunto. "Ele é que está a governar, é ele que tem nas suas mãos as ferramentas para evitar as sanções", salientou.

Ontem, o ministro francês das Finanças manifestou-se também contra as sanções a Portugal, depois de o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, ter dito que a violação do défice por parte de França era aceite porque "é a França". 

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