Empresas municipais também terão de cumprir quotas femininas
As regras de maior equilíbrio de género que o Governo quer aplicar à Administração Pública serão extensíveis às autarquias locais, nomeadamente às empresas municipais. A garantia foi dada esta quarta-feira na Assembleia da República por Eduardo Cabrita, o ministro que tutela esta pasta e que esta tarde vai apresentar uma proposta aos parceiros sociais em sede de reunião de concertação social.
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Tal como o Negócios avança esta quarta-feira, o Governo pretende avançar com metas para serem cumpridas quer no sector público, quer no privado.
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No sector público, as regras dos concursos para dirigentes superiores da administração pública vão ter de ser alteradas para acomodar o objectivo político de garantir uma maior representatividade das mulheres, que chegue aos 40% em 2019.
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Questionado pelo PSD sobre o que acontecerá às autarquias, Eduardo Cabrita explicou que terão de obedecer as mesmas regras, naqueles cargos em que há equivalência em relação à Administração Central.
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"Nos eleitos já existem [regras equivalentes]. Vamos até onde existe paralelismo: quando existem empresas municipais, as regras que existem para as empresas do Estado valerão também para o sector empresarial local", esclareceu o ministro adjunto, para quem "o Estado deve dar o exemplo".
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Quanto ao sector privado, o governante considera que "o esforço auto-regulatório das empresas é claramente insuficiente", razão pela qual o Governo quer obrigar as cotadas a terem pelo menos 20% do sexo sub-representado nos órgãos de topo das cotadas. Quem não cumprir, verá a sua cotação suspensa, prevê a proposta.
Reagindo a uma intervenção da comunista Rita Rato, para quem a discriminação salarial é muito mais grave e relevante do que as quotas nos cargos de administração, o governante argumentou que as quotas têm uma "dimensão simbólica" relevante.
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