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20 mil assistentes operacionais terão aumento de pelo menos 156 euros em janeiro

Acordo previa valorização dos que tinham mais de 15 e 30 anos de carreira. A proposta apresentada aos sindicatos prevê uma valorização faseada ao longo da legislatura. Em janeiro, há quase 20 mil com aumento mínimo de 156 euros.

09 de Novembro de 2022 às 11:12

Uma vez encerrada a negociação sobre os aumentos salariais no Estado, que vão variar entre 2% e 8%, o Governo prossegue para a negociação da valorização de alguns funcionários das três principais carreiras gerais, propondo que no caso dos assistentes operacionais a valorização comece em janeiro por quem tem 35 anos de antiguidade, com dois saltos remuneratórios além do aumento salarial.

Faltava saber de que forma é que os assistentes operacionais com mais antiguidade – no fundo a carreira que está na base da tabela salarial do Estado – seria valorizados, tendo em conta que o Governo tinha escrito no acordo com os sindicatos da UGT que iria garantir maiores aumentos para os que têm mais anos de serviço.

Nesta carreira encontram-se por exemplo canalizadores, condutores de máquinas fixas, guardas noturnos, impressores, fiéis de armazém, num total de 167 mil pessoas que trabalham para o Estado, muitas vezes também nas escolas. 

Contudo, neste caso, a opção foi de valorizar em especial os mais antigos de forma a distingui-los dos que, tendo entrado recentemente no Estado, podem receber o mesmo salário mínimo. 

"Vai haver 19 mil trabalhadores que terão um aumento de 156 euros em janeiro", explicou aos jornalistas José Abraão, da Fesap (na foto), referindo-se aos que têm mais de 35 anos de serviço. De acordo com os dados que depois explicitou são 19,7 mil.

De acordo com o documento apresentado aos sindicatos, que ainda pode sofrer alterações, a ideia é então que em janeiro avance esta valorização cerca de 20 mil que têm mais de 35 anos de antiguidade; em janeiro de 2024 cerca de 18 mil com 30 a 34 anos de antiguidade, igualmente com um salto adicional de duas posoções.

Depois, em janeiro de 2025, prevê-se a valorização dos que têm entre 22 e 29 anos de antiguidade, mas apenas com um salto remuneratório (de cerca de 52 euros) que se soma ao aumento salarial; e em 2026 os que têm entre 15 e 21 anos de antiguidade.

As alterações dependem da antiguidade detida no final deste ano.

Os dados foram avançados pelo secretário-geral da Fesap, que ainda espera que este calendário possa ser ajustado ou antecipado.

Também por causa da tentativa de descompressão da tabela remuneratória única, que estava a colocar funcionários de diferentes funções ao salário mínimo, o Governo tinha já anunciado que os todos os 81 mil assistentes técnicos terão um salto adicional em janeiro, num total de 104 euros; e que o mesmo acontece com 65 mil técnicos superiores (61% do total).

Contudo, no final das reuniões, Sebastião Santana explicou que, dentro destas carreiras gerais, nem todos os funcionários são abrangidos.

Aumentos salariais não mexem

Neste processo de negociações está agora em causa, portanto, a valorização das três carreiras gerais da administração pública, o que significa que os aumentos salariais não mudam para os outros funcionários.

A proposta de aumentos salariais, que agora o Governo dá como fechada, consiste numa subida do salário base para 761,58 euros (8% para 123 mil pessoas) e, a partir daí, para aumentos nominais sempre abaixo da inflação passada, e, portanto, com perda de poder de compra, que vão decrescendo à medida que o salário aumenta, chegando aos 2% para salários de cerca de 2.600 euros e mantendo-se nos 2% acima desse limiar. Além disso, o subsídio de refeição sobe para 5,2 euros por mês.

O Governo tem aberto à porta a negociação de carreiras especiais que sejam comparáveis por exemplo às dos assistentes técnicos e que tenham o mesmo problema de terem ficado próximas do salário mínimo, mas ainda há pouca informação concreta sobre o que se fará.

Notícia atualizada às 11:30. Título alterado arredondando para 20 mil funcionários, após a consulta ao número exato (19,7 mil).

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