pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Governo aprova salário mínimo de 635 euros no Estado. Progressões podem anular aumentos

O diploma que estabelece o salário mínimo de 635 euros foi aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros. Governo garante que os aumentos não apagam os pontos da avaliação de desempenho, mas admite casos em que as progressões anulam os aumentos.

Maria Manuel Leitão Marques
Maria Manuel Leitão Marques Bruno Simão/Negócios
24 de Janeiro de 2019 às 15:00

O Governo aprovou esta quinta-feira em Conselho de Ministros o diploma que estabelece o valor de 635,07 euros como a remuneração base mínima na administração pública. com efeitos retroativos a 1 de Janeiro.

Na conferência de imprensa posterior ao Conselho de Ministros, a ministra da Presidência começou por dizer que esta subida "não prejudica a progressão na carreira de ninguém", mas a avaliar pelas explicações que deu depois aos jornalistas a progressão pode nalguns casos anular o aumento.

A questão coloca-se por exemplo, para um funcionário público que recebesse em dezembro o anterior salário mínimo nacional (580 euros) e que tivesse ainda acumulado dez pontos na avaliação de desempenho. Passa para os 635 euros devido ao aumento salarial e para os 685 euros devido à progressão? 

É esta a questão que está a ser discutida há vários meses entre o Governo e os sindicatos da administração pública. 

Maria Manuel Leitão Marques respondeu que a progressão se aplica antes do aumento, o que na prática significa que este funcionário ficará estacionado nos 635 euros, sem novo salto remuneratório.

Neste caso, a progressão "ocorre primeiro do que o aumento salarial", disse a ministra, sublinhando no entanto que nem todos os casos são iguais.

A ministra também disse, por outro lado, que os funcionários que tenham atualizações não perdem os pontos, o que sugere que poderão ter progressões no futuro.

"O que estou a dizer é que este aumento é uma atualização salarial, nunca prejudicará nenhum trabalhador na sua progressão. Portanto, não é tratado como uma valorização salarial. Quem conhece o sistema de valorizações salariais sabe que há muitos casos onde essas valorizações limpam os pontos. Não é este o caso".

As explicações dadas pela ministra da Presidência foram relativamente sintéticas, numa conferência de imprensa onde não esteve qualquer responsável do Ministério das Finanças. 

O Governo tem sublinhado que a decisão de aumentar salários não estava sequer prevista no Programa do Governo, com o Programa de Estabilidade a atirar essa possibilidade para a próxima legislatura. De acordo com Maria Manuel Leitão Marques, a despesa deverá rondar os 50 milhões de euros anunciados.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio