pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública admite greves e manifestações

O SINTAP rejeita "qualquer aplicação faseada do horário de 35 horas de trabalho semanal" e acusa o Governo de não estar a cumprir "o calendário negocial estabelecido em Fevereiro".

Aicep avisa que greve não se pode arrastar
Aicep avisa que greve não se pode arrastar
Negócios 28 de Maio de 2016 às 17:19

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP) admite recorrer a todas as formas de luta, incluindo vigílias, manifestações e greves, em defesa dos direitos dos trabalhadores da Administração Pública, segundo uma nota hoje enviada à agência Lusa.

Segundo a nota do SINTAP, a decisão foi tomada na sexta-feira numa reunião do Secretariado Nacional, considerando que, embora o Governo tenha dado "sinais positivos, tanto no que diz respeito à inversão da política de empobrecimento […], como relativamente ao reforço da negociação colectiva" na Administração Pública, "o calendário negocial estabelecido em Fevereiro não está a ser cumprido".

Neste sentido, "o SINTAP lutará para que sejam alcançados avanços significativos em matérias fulcrais para a melhoria da Administração Pública, e que permitam, em simultâneo, a recuperação dos directos que foram retirados aos trabalhadores e o reforço dos direitos que, ainda assim, permanecem intocados", refere a nota a que a Lusa teve acesso.

Entre as principais reivindicações da estrutura sindical estão a aplicação do horário semanal das 35 horas a 1 de Julho para todos os trabalhadores, "independentemente da natureza do seu vínculo" e incluindo os trabalhadores que estão em regime de contrato individual de trabalho.

O SINTAP rejeita "qualquer aplicação faseada do horário de 35 horas de trabalho semanal", uma vez que "o Governo terá em sua posse toda a informação que lhe permita prever e prevenir quaisquer rupturas ou problemas que advenham da entrada em vigor desse horário".

O sindicato refere, ainda, que todas as organizações representativas devem participar em todas as decisões relativas à ADSE e defende a revogação do regime de requalificação. Outras reivindicações passam pela revisão do sistema de avaliação dos funcionários públicos, a revisão do acordo colectivo de carreiras gerais e da tabela remuneratória única, e a reposição de todos os suplementos remuneratórios.

No que se refere ao descongelamento da progressão de carreiras, o SINTAP exige que tal se processe em 2017, e não em 2018, conforme pretende o Governo.

O desenvolvimento da formação profissional, o reforço da negociação colectiva na Administração Pública e a prevenção da saúde e segurança no trabalho são também reivindicações do sindicato.

O SINTAP "admite o recurso a todas as formas de luta, incluindo vigílias, manifestações e greves, quer sejam de carácter sectorial ou nacional, sempre que estas sejam consideradas necessárias para a defesa dos direitos dos trabalhadores da Administração Pública", remata a nota.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio