"Superministério" vai dar "eficácia" à execução de fundos europeus, diz Pedro Dominguinhos
Presidente da comissão de acompanhamento do PRR considera que a junção do Ministérios da Economia e Coesão vai dar "maior poder de fogo" aos fundos europeus e reforçar músculo dos instrumentos financeiros para empresas.
- 1
- ...
A criação no novo Governo de uma espécie de "superministério", que junta a Economia com a Coesão Territorial, é uma opção bem vista pelo presidente da comissão nacional de acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, diz que a junção desses dois ministérios pode dar "eficácia" à execução de fundos europeus, numa altura em que falta menos de um ano e meio para terminar a execução do PRR.
"A junção desses dois ministérios, sobre a mesma tutela, parece-nos indiciar a intenção de dar um maior poder de fogo à capacidade de execução dos fundos comunitários", diz Pedro Dominguinhos, sublinhando que "essa tutela única parece beneficiar a eficácia dos mesmos".
O novo "superministério" será tutelado por Manuel Castro Almeida, que no anterior Governo era ministro Adjunto e da Coesão Territorial. Pedro Dominguinhos recusa comentar eventuais responsabilidades do ministro nos atrasos nos investimentos reportados e diz que o foco deve estar em acelerar a implementação das reformas e investimentos inscritos no PRR, para garantir a absorção dos 22,2 mil milhões de euros do PRR.
No mais recente relatório anual da comissão de acompanhamento do PRR, a equipa liderada por Pedro Dominguinhos alerta que 20% dos investimentos analisados estão em estado "crítico" de incumprimento. Em causa estão, concretamente, 24 dos 119 investimentos ou medidas inscritos no PRR, com destaque para as áreas da saúde, habitação, apoios às empresas, infraestruturas, hidrogénio, florestas e cultura.
Mais lidas