DBRS espera que preços de habitação continuem a subir em 2025, mas a ritmo mais lento
Os preços da habitação em Portugal deverão continuar em alta em 2025, ainda que com subidas a um ritmo mais lento. A procura continuará a ser superior ao que o mercado tem para oferecer e o interesse estrangeiro vai continuar, mantendo a pressão ascendente sobre os preços. Por outro lado, as medidas até agora implementadas pelo Governo são "relativamente limitadas", na medida em que "precisam de tempo" para dar resultados, pelo que o seu "sucesso potencial" só poderá ser "avaliado no médio prazo".
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A conclusão é da DBRS, que publica esta segunda-feira uma análise ao mercado imobiliário português de habitação. A agência de notação financeira sublinha que com a inflação em queda e a redução das taxas de juro, a que se soma um emprego em níveis estáveis, a atividade económica em Portugal deverá também manter-se estável, tudo isto contribuindo para a dinamização do mercado imobiliário residencial.
O problema é que continuam a faltar casas, com a nova construção a demorar a descolar e manter-se-á o interesse estrangeiro pela compra de habitação no país e isso contribui para que se mantenha uma "pressão ascendente" sobre os preços. Na prática manter-se-á a dificuldade no acesso à habitação, sobretudo para os mais jovens que estejam à procura da sua primeira casa.
E se a economia portuguesa atravessa um período de alguma estabilidade, falta ainda saber, no entanto, qual será "o impacto das políticas tarifárias da nova administração dos Estados Unidos e o grau de disrupção que isso poderá causar", alerta a DBRS, lembrando que "Portugal e a Europa como um todo dependem significativamente do comércio internacional".
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Na sequência da queda do Governo, na passada semana, a DBRS tinha já vindo dizer que o desempenho económico e as contas públicas não deverão ser afetados, "a menos que o impasse político se prolongue e comece a impactar o crescimento ou na confiança em relação ao país", uma vez que "Portugal entrará neste período de incerteza política com uma forte posição orçamental e um crescimento relativo superior".
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