Preços da habitação mais do que duplicaram desde 2010. Portugal no top 10 da UE
Portugal foi um dos nove países da União Europeia (UE) onde os preços da habitação mais do que duplicaram no segundo trimestre de 2024 face a 2010, revelam dados publicados, esta quinta-feira, pelo Eurostat.
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À luz dos dados disponibilizados, os preços das casas mais do que triplicaram na Estónia (+232%) e na Hungria (+218%) e mais do que duplicaram na Lituânia (+178%), Letónia (+146%), República Checa (+131%), Áustria (+111%), Portugal (+106%), Luxemburgo (+103%) e Bulgária (+102%). Já no Chipre não houve mudanças a este nível, enquanto em Itália foi registada uma descida (-5%).
Já na comparação homóloga, os preços aumentaram 2,9% entre abril e junho na UE, com Portugal a apresentar um registo bastante superior à média (+7,8%).
Os preços da habitação aumentaram em 20 países da UE, com a Polónia (+17,7%), Bulgária (+15.1%), Lituânia (+10,4%) e Croácia (+10%) à cabeça. Em sentido inverso, os preços da habitação baixaram em seis Estados-membros, com as maiores quedas a serem registadas no Luxemburgo (-8,3%), Finlândia (4,8%) e França (-4,6%).
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Em termos trimestrais, os preços das casas subiram 1,9% na UE. Portugal protagonizou a segunda maior subida em cadeia (+3,9%), ficando apenas atrás da Croácia (+4,3%) e à frente de Espanha (+3,6%) entre os 23 Estados-membros que registaram acréscimos nos custos das casas, medidos pelo Índice de Preços da Habitação. Face ao trimestre anterior dois países tiveram uma descida dos preços das casas (França e Bélgica, ambos com -0,2%) enquanto um (Hungria) permaneceu estável.
O Eurostat também divulgou, esta quinta-feira, dados relativos às rendas que subiram 3% em termos anuais e 0,7% em termos trimestrais entre abril e junho.
O gabinete de estatística europeu coloca também os números num quadro temporal mais alargado, apontando que os preços das casas e das rendas na UE seguiram um padrão semelhante entre 2010 e o segundo trimestre de 2011, mas que, a partir de então, evoluíram de forma diferente. No primeiro caso houve uma tendência variável, combinando períodos de descidas seguidos de rápidas subidas, enquanto as rendas aumentaram de forma estável.
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Entre 2010 e o segundo trimestre de 2024 os preços dos imóveis para habitação aumentaram em 52%, enquanto os das rendas 25%.
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