PS avança com uma única proposta sobre IRS para garantir devolução de propinas aos jovens
O Partido Socialista vai garantir a viabilização da proposta do Governo para o alívio de 500 milhões de euros no IRS este ano, mas indica que vai avançar com uma única proposta na especialidade.
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O PS viabiliza, na generalidade, a proposta do Governo para alívio de 500 milhões de euros no IRS, mas vai avançar com uma proposta de alteração na especialidade no sentido de garantir que a devolução das propinas aos jovens se vai manter.
"O PS fará uma proposta que é garantir que o que está na lei é cumprido e que os jovens possam continuar a ter o prémio salarial das suas propinas", anunciou o deputado António Mendonça Mendes, para quem "esta descida de impostos tem de ser paga pela economia e não por agravamento de impostos."
"Cabe ao Governo garantir que esta descida de impostos é paga pela economia e não pelo agravamento de impostos", ou cortes, afirmou o antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. Mendonça Mendes alertou para os "sinais de degradação da economia", pedindo ao Governo que este alívio do "IRS não vai ser convertido em sacrifícios."
Numa intervenção durante o debate desta sexta-feira, Mendonça Mendes considerou que "esta descida de impostos é mais favorável para nós deputados do que para um professor no fim de carreira, ou para o médico no início de carreira. Não é uma descida para a classe média", indicou.
A iniciativa do Governo prevê um alívio global do IRS de 500 milhões de euros a aplicar aos rendimentos deste ano, podendo já avançar no verão, mas com efeitos retroativos a janeiro.
A proposta do Governo contempla um desagravamento das taxas até ao oitavo escalão, apenas não alterando a taxa do nono degrau, o último da tabela do IRS.
Segundo a proposta do Executivo, a taxa do primeiro escalão passa de 13% para 12,5%, a do segundo desce de 16,5% para 16%, a do terceiro baixa de 22% para 21,5%, a do quarto diminui de 25% para 24,4%, a do quinto decresce dos atuais 32% para 31,4%, a do sexto deixa de ser 35,5% e fica em 34,9%, a do sétimo passa de 43,5% para 43,1% e, por último, a do oitavo baixa de 45% para 44,6%. A taxa do último degrau de rendimentos continua nos 48%.
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