EUA criam 73 mil empregos em julho, mas desapareceram 258 mil de maio e junho

A maior economia mundial criou 73 mil empregos no mês passado, mas a forte revisão dos dados de maio e junho fazem soar bem alto os alarmes sobre a robustez do mercado laboral nos EUA. Apostas em cortes de juros pela Fed ganham força.
Criação de empregos nos EUA abranda fortemente.
Julia Demaree Nikhinson / AP
Pedro Curvelo 01 de Agosto de 2025 às 14:07

A economia dos Estados Unidos criou 73 mil empregos em julho, um valor abaixo dos 104 mil antecipados pelos analistas, revelou esta sexta-feira o Gabinete de Estatísticas Laborais dos EUA. Mas o choque veio das fortes revisões dos dados anteriormente avançados para os dois meses anteriores.

A nova leitura da criação de emprego em maio passou dos 144 mil para 19 mil e os dados de junho caíram de 147 mil para 14 mil.

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Este cenário contraria a narrativa, sustentada nos anteriores dados divulgados, de que o mercado laboral norte-americano se mantinha resiliente. Este era, aliás, um dos argumentos usados pela Reserva Federal norte-americana (Fed) para manter as taxas diretoras.

Agora, o cenário muda drasticamente e o mercado já aposta que a Fed corte duas vezes as taxas de juro até final do ano. A reação no mercado da dívida soberana dos EUA não se fez esperar, com as "yield" a aliviarem 11,5 pontos base na maturidade a 10 anos. O dólar, que avançava perante a moeda única europeia, subitamente inverteu e perde mais de 1% perante o euro.

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