Itaú acredita que a Argentina vai recuperar estatuto de emergente
A Argentina poderá recuperar em breve o estatuto de mercado emergente. É esta a convicção de Ricardo Cavanagh, chefe de estratégia do banco brasileiro Itaú para o Cone Sul e região Andina da América do Sul, que antecipa a chegada de liquidez à Argentina se o país recuperar aquela designação.
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Depois de há sete anos ter visto a sua classificação descer para a categoria de "mercado fronteira" – mais desenvolvido do que a categoria de país em desenvolvimento, mas demasiado pequeno para ser considerado um emergente – após ter implementado medidas de controlo de capitais, a Argentina poderá agora beneficiar com a chegada de investidores que não arriscam investir em mercados fronteira.
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Desde 2009 que a economia argentina se tem debatido com dificuldades, sendo que apesar de ser ainda a segunda maior da América do Sul, representa somente um nono da economia brasileira.
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No entender de Ricardo Cavanagh, a chegada ao poder de Mauricio Macri, um anti-peronista e convicto dos benefícios da economia de mercado, poderá contribuir para que a Argentina volte a ser considerada um país emergente.
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Desde logo porque neste mês de Janeiro Macri já revogou uma das medidas de controlo de capital introduzida há sete anos – que exigia que 30% dos rendimentos fossem colocados durante um ano numa conta bancária sem benefício de qualquer taxa de juro – e que permanecia como um dos principais obstáculos à captação de investimento.
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"Sem os controlos, as principais cotadas da Argentina têm liquidez suficiente para permitir ao país ser classificado como um mercado emergente", acrescenta o responsável do banco brasileiro citado pela Bloomberg. Cavanagh sustenta que juntamente à sua reclassificação, "o regresso do país aos mercados de capitais (…) vai permitir à Argentina receber um mais forte ciclo de investimentos".
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O presidente Macri tem tentado inverter o percurso económico seguido por Buenos Aires nos últimos anos, ao longo dos quais as políticas de nacionalizações e de controlo cambial e de capitais desincentivaram o aparecimento de investimento, nomeadamente externo.
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