O anúncio era já esperado, mas só este domingo se tornou oficial. Michael Bloomberg, de 77 anos, quer concorrer pelos democratas às eleições dos Estados Unidos no próximo ano.

"Estou na corrida à presidência para derrotar Donald Trump e reconstruir a América. Não podemos permitir mais quatro anos de imprudência e comportamentos anti éticos de Trump", afirmou Bloomberg em comunicado onde oficializa a sua candidatura.

"Temos de ganhar esta eleição e começar a reconstruir a América", reforçou.

O antigo "mayor" (semelhante a presidente da câmara) de Nova Iorque também anunciou a sua candidatura nas redes sociais, com mensagens em inglês e espanhol, onde destaca que a "experiência única que tem como empresário, governante e filantropo" permitirá "vencer" Trump e liderar o país. 

I’m running for president to defeat Donald Trump and rebuild America.

I believe my unique set of experiences in business, government, and philanthropy will enable me to win and lead.

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Bloomberg foi presidente da Câmara de Nova Iorque durante 11 anos e destacou-se pela reconstrução da cidade depois do 11 de setembro. Tinha antecipadamente ficado de fora da corrida entre os democratas, mas reconsiderou agora devido sobretudo ao facto de ter avaliado que o partido não tem um candidato capaz de fazer frente a Trump.

É dono da agência de informação com o mesmo nome e um dos homens mais ricos dos Estados Unidos. Uma vantagem que lhe permitirá disponibilizar um orçamento sem precedentes para a campanha, mas também críticas (sobretudo dos rivais democratas) de que está a repetir a estratégia que permitiu a Trump chegar à Casa Branca.  

Para já Bloomberg tem disponíveis 100 milhões de dólares (cerca de 91 milhões de euros no câmbio atual) para gastar em anúncios online anti-Trump para combater o atual presidente norte-americano.

No final do ano passado, Michael Bloomberg já tinha gasto cerca de 100 milhões de dólares em várias campanhas do Partido Democrata para reconquistar o controlo do congresso norte-americano. Os democratas acabaram por ganhar 21 das 24 eleições em que o bilionário investiu.

Para ser o rival de Trump, Bloomberg tem primeiro que vencer as primárias dos democratas, que arrancam já dentro de três meses. Joe Biden era até aqui visto como o democrata mais bem colocado para disputar as eleições de novembro de 2020, mas o antigo vice-presidente de Obama tem enfrentado dificuldades em angariar fundos para a campanha. Além de que a sua idade (tal como Bloomberg também tem 77) e estado de saúde, bem como "gaffes" constantes, levantam dúvidas sobre a possibilidade de chegar à Casa Branca.

Além de Biden e Bloomberg, na corrida às primárias estão ainda perto de 20 candidatos.

	Bernie Sanders Senador independente do Vermont
	Kamala Harris Senadora da Califórnia
	Elizabeth Warren Senadora do Massachusetts
	Cory Booker Senador de Nova Jérsia
	Amy Klobuchar Senadora do Minnesota
	Kirsten Gillibrand Senadora de Nova Iorque
	Michael Bennet Senador do Colorado
	Mike Gravel Foi senador do estado do Alaska de 1969 a 1981
	Beto O'Rourke Foi membro da Câmara dos Representantes, representando o 16.º distrito do Texas
	Tulsi Gabbard Representante do 2.º círculo eleitoral do Havai na Câmara dos Representantes desde 2013
	John Delaney Foi congressista pelo estado do Maryland de 2013 a 2019
	Eric Swalwell Congressista pelo estado da Califórnia
	Tim Ryan Congressista pelo estado do Ohio
	Seth Moulton Congressista pelo estado do Massachusetts
	Julian Castro Foi secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano na administração Obama
	Joe Biden Foi vice-presidente na administração Obama
	Pete Buttigieg  Presidente da Câmara de South Bend, Indiana
	John Hickenlooper Antigo Governador do Colorado
	Jay Inslee Governador de Washington
	Andrew Yang Empresário e fundador da Venture for America
	Marianne Williamson Líder espiritual e escritora
	Wayne Messam Presidente da Câmara de Miramar, Flórida
	Steve Bullock Governador de Montana
	Bill de Blasio Presidente da Câmara de Nova Iorque