Trump espera alcançar acordo comercial com UE mas sem pressa
As declarações do Presidente dos EUA foram feitas durante uma visita oficial da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, à Casa Branca, que quer que Trump se desloque à Europa para discutir as questões comerciais com os líderes da UE.
Durante um encontro com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, o Presidente dos EUA disse que espera alcançar um acordo comercial com a UE, mas indicou que não tem pressa em alcançar um entendimento sobre as tarifas.
"Vai haver um acordo comercial, a 100%", disse Donald Trump. "Espero-o inteiramente, mas será um acordo justo", acrescentou, sem indicar um prazo para chegar a um entendimento com a UE e os restantes países que procuram evitar as tarifas alfandegárias.
Trump disse apenas que espera que aconteça "a certo ponto" e insistiu que os restantes países terão de fazer concessões. "Não temos pressa", referiu. "Vamos ter poucos problemas em chegar a acordo com a Europa ou com quaisquer outros" países.
Por seu turno, Meloni disse que pretende convidar Trump para uma visita oficial a Itália e organizar uma reunião com responsáveis da UE para discutir as questões comerciais, o que poderá ser uma oportunidade para que o Presidente dos EUA se encontre com a líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
"Estou certa que poderemos chegar a acordo e estou aqui para ajudar a isso", disse Meloni, salientando que Trump terá de contactar outros líderes europeus. "Não posso fazer este acordo em nome da UE", ressalvou.
Aliada política de Trump, Meloni é vista como uma potencial intermediária entre a Administração dos EUA e a UE, para que o bloco europeu possa evitar as tarifas recíprocas de 20% impostas pelos norte-americanos, que estão em pausa durante 90 dias, e a respetiva retaliação europeia.
Esta quinta-feira, a Bloomberg noticiou que a UE está a trabalhar numa proposta para restringir algumas exportações para os EUA como medida retaliatória no caso das negociações falharem, citando fontes próximas do plano.
Além das restrições, outras possibilidades incluem listas adicionais de tarifas e limitar o acesso das empresas norte-americanas à contratação pública na UE. A Comissão Europeia recusou comentar.
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