Bancos em Wall Street lançam alerta sobre recessão devido à guerra comercial
Os grandes bancos de Wall Street estão a alinhar-se nos alertas aos investidores sobre a crescente possibilidade de a economia global entrar em recessão devido à escalada do conflito comercial entre os Estados Unidos e a China.
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O Morgan Stanley estima uma recessão global a começar dentro de nove meses caso os EUA avancem com tarifas adicionais de 25% sobre bens chineses no valor de 300 mil milhões de dólares e Pequim responda com medidas de retaliação.
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Os mercados acionistas registaram fortes quedas no mês de maio a nível global, mas ainda assim o economista-chefe deste banco, Chetan Ahya, diz que os investidores estão a desvalorizar o impacto da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
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"As conversas recentes que tive com investidores reforçaram a sensação que os mercados estão a subestimar o impacto das tensões comerciais", escreveu Ahya numa nota.
O Morgan Stanley não está sozinho na perspetiva negativa para a economia global e agravamento do conflito comercial entre EUA e China.
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O JPMorgan elevou de 25% para 40% a probabilidade da economia norte-americana entrar em recessão já na segunda metade deste ano.
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Já os economistas do Goldman Sachs esperam que os EUA avancem já com tarifas de 10% sobre os restantes 300 mil milhões de dólares de bens importados da China e todos os produtos comprados ao México.
Em resultado, o Goldman cortou a sua previsão de crescimento do PIB dos EUA para 2% no segundo semestre e reviu em alta a probabilidade de a Fed cortar os juros, embora ainda coloque como cenário central a manutenção do preço do dinheiro.
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No relatório citado pela Bloomberg, o Morgan Stanley explica que o crescimento económico vai ser penalizado pelos aumentos de custos que resultam do aumento de tarifas, bem como pela retração no consumo e redução do investimento por parte das empresas.
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Para fazer face a este potencial período de recessão económica, os analistas do Citigroup estão a recomendar aos seus clientes a aposta em títulos de dívida dos Estados Unidos, salientando que em 2016 os sinais era semelhantes aos atuais e a economia mundial registou posteriormente um período de abrandamento pronunciado.
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