Guterres apoia reforma de Conselho de Segurança da ONU

António Guterres disse esta noite na ONU, em Nova Iorque, no primeiro debate entre candidatos a secretário-geral, que apoia a reforma do Conselho de Segurança da organização.
Reuters
Lusa 13 de Julho de 2016 às 01:28

"Diria o mesmo que disse Kofi Annan: nenhuma reforma da ONU está completa sem uma reforma do Conselho de Segurança", disse esta noite António Guterres, candidato português a secretário-geral das Nações Unidas.

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Guterres concordou com os outros participantes, afirmando que o Conselho de Segurança tem problemas de representatividade da comunidade internacional, por não ter, por exemplo membros permanentes oriundos da América Latina ou África.

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"Mas isto só será possível se os países membros assim o quiserem e se criarem o consenso necessário para que essa reforma aconteça", disse Guterres, explicando que o secretário-geral tem áreas que não são da sua competência. "Irei apoiar, mas de nenhuma forma irei substituir os países membros neste assunto, assim como em muitos outros,", explicou o candidato.

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Numa ronda de perguntas sobre prevenção de conflitos, o português disse que "há mais atenção para a manutenção de paz porque as câmaras estão lá" e que todos sabem "o que está a acontecer" e que isso não acontece quando um conflito está nas fases iniciais.

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Para Guterres, "tem de haver um continuo, com as mesmas prioridades e as mesmas estratégias," durante todas as fases em que a organização lida com conflitos, o que não acontece neste momento.

 

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O candidato lembrou que a questão não é, no entanto, fácil e "existe um debate na comunidade internacional porque muitos acreditam que existe o risco de interferir na soberania internacional". "E é aqui que o secretário-geral pode intervir, de forma humilde, para criar pontes entre os vários participantes, e fazer entender que existe uma forma da prevenção de conflitos ter resultados e reduzir o sofrimento humano".

 

Na sua declaração inicial no debate com 10 dos 12 candidatos, o português disse que o próximo secretário-geral da ONU tem de ser "sólido" um "símbolo de unidade" e que "precisa saber combater, e derrotar, o populismo político, o racismo e a xenofobia." "E esses são valores que tive toda a minha vida", concluiu. 

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